Pacto de Ódio - Capítulo Final
-Mestre, meu filho... por favor, mestre, diga-me o que houve com Lucian! – implorou Susan, com os olhos transbordados em lágrimas. Seu marido estava postado ao seu lado, segurando fortemente em seu ombro, de cabeça baixa.
O mestre, com suas vestes negras de veludo, estava sentado elegantemente numa poltrona vermelha, segurando uma belíssima taça de cristal com relevos, cheia de um líquido escarlate e chamativo. Sob a mesa, um vaso sem flores, uma garrafa, taças e um punhal. A sala estava quente devido a lareira acesa, mas toda a mansão estava turbulenta diante dos novos rumores.
-Ele falhou – disse, bebericando o sangue.
-O-oque? Não, mestre... Como assim? – choramingou a mulher.
-Ele matou a mestiça; matou aquela que usaríamos em nossas pesquisas – disse num tom falsamente agradável - Nosso plano foi por água a baixo, Susan querida.
-Mas... onde ele está, mestre? – perguntou receoso o homem.
-No céu. – ele tomou um longo gole.
-C-como? – perguntou incrédula a mulher.
-Ela se envolveu com o anjo enviado; o nosso inimigo – o homem de cabelos negros estreitou os olhos e a suavidade de seu rosto desapareceu, a taça em sua mão explodiu devido a força em que ele a apertava – Lucian matou a mestiça e se uniu ao anjo – disse, com ódio – eles fizeram o pacto.
-Não – sussurrou Susan, aos prantos.
-Já estão mortos; vão reencarnar em breve, suponho – disse num suspiro pesaroso – perdemos um futuro grande líder, uma pena.
Ele pegou outra taça na mesa, encheu-a com sangue e tornou a bebê-la. Susan, com ódio, pegou o punhal em cima da mesa e cravou em seu próprio peito. O mesmo fez seu marido, mas nenhum dos dois puderam reencontrar Lucian, nem se vingar do anjo que o tornou impuro.