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A Última Casa da Rua


A Última Casa da Rua - Capítulo Final

Andersen e Adam apareceram do alto da escada e quase caíram ao ver suas amigas e outros conhecidos presos. Andersen chorou ainda mais quando viu o seu irmão e o estado em que ele se encontrava.

— John! — gritou.
John se esforça e consegue olhar para o alto da escada e ver seu irmão. As lágrimas agora caíam de emoção. Ver Andersen ali em cima fez com que as esperanças de John fossem recuperadas e a vontade de viver aumentara.
— Andersen! — gritou de volta John, estampando um grande sorriso.
— Os solte agora, sua desgraçada! — gritou Andersen para Marianne.
— Olha lá como fala comigo, pirralho! — retrucou Marianne.
— Ou você solta eles agora ou te mato agora!
— Atire então. — disse Marianne.
— Calma, filho. Ela vai soltá-los. — disse Carrel para Andersen.
— Solte-os, Marianne. — ordenou Carrel.
— Está bem, querido.
Carrel desceu e parou próximo a primeira cruz, sempre com a arma em punho. Marianne caminhou em direção a ela. Ela abaixou e fingindo que iria tirar os ferros das mãos de Emett. Em um movimento rápido, Marianne pegou o punhal que minutos antes sacrificaria Josh e passou no braço de Carrel, cortando-o. Ele deixou a arma cair e se agarrou nos braços de Marianne. Os dois caíram no chão e começaram a travar uma luta corporal. Carrel conseguiu tirar da mão de Marianne o punhal. Agora os dois lutavam sem armas. Carrel ficou em cima de Marianne, dominando-a com suas pernas.
Um tapa explodiu no rosto de Marianne.
— Isso é pelo meu filho! Desgraçada! — gritava Carrel.
Um segundo tapa acertou novamente Marianne, desta vez mais forte do que o outro.
— Isso é pelos inocentes que você matou!
A seqüência de tapas durou alguns minutos. O rosto de Marianne sagrava muito. O peso da mão de Carrel era todo no rosto de Marianne. Todos os anos de raiva reprimida era colocado para fora naquele momento.
— Você vai morrer, desgraçada, infeliz! — gritava Carrel.
— Vocês dois, vão procurar ajuda lá fora e tirem os garotos daqui! — ordenou Carrel a Andersen e Adam.
Os dois assentiram e correram até a rua para encontrar ajuda.
— Onde está o seu deus agora, Marianne? — perguntou Carrel, ironicamente.
— Ajude-me Satanás. — pediu Marianne.
As luzes do porão começaram a falhar, o ambiente ficou completamente frio e clima sombrio tomou conta, muito mais do que era antes. Os vidros das pequenas janelas do porão explodiram e um forte vento entrou no local. Algumas velas que ainda estavam acessas caíram e as chamas atingiram o pano que cobria o altar. As chamas logo tomaram conta de todo o altar e de alguns objetos próximos a ele. Carrel sabia que as chamas logo atingiriam a todos se Andersen e Adam não fossem mais rápidos.
Carrel viu que as chamas se aproximavam rapidamente de Josh, então em um rápido reflexo correu até ela e a tirou do local que estava. Todos gritavam por ajuda, só os desacordados não se davam conta do que estava acontecendo. Marianne rolou rapidamente e quando tentava pegar o punhal que estava caído próximo a escada, Andersen o chutou para bem longe dela.
— Vamos, por aqui! — gritava Adam, logo acima.
— Acabou, Sra. Wilson. — falou Andersen.
Entraram no porão quatro pessoas para ajudar a resgatar os jovens presos. Todos se espantaram com o que viram.
— Minha Nossa Senhora! — gritou um.
— Tá repreendido! — gritou outro, fazendo o sinal da cruz.
Todos foram rápidos e conseguiram tirar os presos das cruzes. Marianne permanecia caída no chão. Deveria estar se lamentando por não ter conseguido realizar os sacrifícios. Todos saíram rapidamente do porão ficando somente Marianne e Carrel. O cheiro de sangue era intenso e o ambiente ainda permanecia frio.
— Você perdeu, Marianne. — dizia Carrel, aproximando-se de Marianne.
Ao se aproximar de Marianne, Carrel sentiu o seu calcanhar de Aquiles sendo cortado, fazendo-o cair. A dor era torturante. Marianne tomara posse novamente do punhal e dessa vez não houve erro ou empecilhos. Com Carrel caído no chão, Marianne se levantou e olhou para ele.
— Quem você disse que perdeu? — perguntou Marianne, irônica.
— Vá em frente, me mate.
— Claro, querido. Como queira.
Marianne foi rápida e certeira. O punhal atravessou o peito de Carrel e atingiu o seu coração. Ele deu um forte grito e fechou os olhos para sempre. Carrel morreu ali, com o punhal encravado no seu coração.
Do lado de fora da casa, as chamas e a fumaça já eram visíveis e muita gente já sabia que acontecia da antiga casa dos Thompson. A ambulância, a polícia e os bombeiros foram sido acionadas e não demorariam para chegar. A ajuda deveria ser rápida, a maioria dos jovens estavam muito feridos. Emett, Josh, John e Mary foram os que mais perderam sangue.
— Temos que ajudar o Sr. Wilson! — gritou Adam.
— Vocês não podem entrar lá, o fogo já está alto e nós não conseguiríamos entrar ou sair de lá. — disse um rapaz que ajudou no transporte dos corpos.
Contrariado, Andersen assentiu. Ele torcia para que Carrel saísse de lá, porém não sabia que ele já havia morrido.
Dentro do porão em chamas, Marianne pega alguns materiais que seriam usados durante o ritual do sacrifício e corre até a escada. Ao chegar até a porta, as chamas subiram e impediram a passagem de Marianne. Tentou novamente. Nada. Havia algo de errado ali. As chamas não permitiam a passagem de Marianne. Ela desceu e gritou:
— Tire-me daqui agora!
Ela agarrou o amuleto em seu pescoço e gritou novamente:
— Deixe-me sair. Agora!
As chamas no altar cresceram e uma voz grossa foi ouvida por Marianne.
— Você falhou no meu sacrifício. Dei proteção a você e não recebi o meu pagamento. — disse a voz.
— Mas eu prometo que farei outro assim que sair daqui! Por favor, deixe-me sair, senhor.
— O meu preço não foi pago como o combinado. — disse novamente a voz.
— Mas irei pagar! Por favor, deixe-me ir... ou aceite o meu marido como o sacrifício.
— O ritual não foi feito. O sacrifício não é válido, Marianne. Porém, o sangue e o corpo da sacerdotisa servirá.
— O quê? — perguntou Marianne, com muito medo.
— Você será o meu sacrifício, Marianne. — disse a voz.
— Não, você não pode! Nós temos um acordo! — falou Marianne, desesperada e com muito medo.
— O acordo se desfez no momento em que você falhou. — bradou a voz.
— Desgraçado! Você não vai me levar! — gritou Marianne.
— Você não manda mais. As escolhas são minhas agora e sempre.
Marianne atirou os objetos que estava segurando contra as chamas do altar e novamente tentou correr para o alto da escada. A tentativa de fuga falhou. Uma força fez com que Marianne fosse puxada contra as chamas. O fogo tomava conta do seu corpo, fazendo-a gritar de dor e desespero. Sua pele e sua carne queimavam. Sua alma também iria queimar, mas por toda a eternidade na morada o seu deus: no inferno. Marianne caiu em chamas e morreu ali. O fogo tomou conta de toda a casa. A antiga casa dos Thompson, a casa dos sacrifícios de Marianne, agora estava em brasas, assim como o seu corpo, de Carrel e dos três ex-mascarados. Do lado de fora as ambulâncias começavam a chegar. Todos estavam a salvos.

* * *

Still Ville acordou em choque. Nunca antes havia acontecido algo tão trágico depois da morte dos Thompson. O que mais chocava era saber que aquela mulher doce e gentil era a responsável por tudo. A antiga casa dos sacrifícios estava toda queimada. O fogo a consumira por completo. Depois de uma intensa vistoria na casa, policiais encontram o corpo do policial morto que fora enterrado no quintal. Várias ossadas também foram encontradas no quintal. Certamente vários desaparecimentos seriam desvendados a partir de então.
Os corpos queimados de Marianne e Carrel foram retirados e enviados para o necrotério de Atlantic City. O corpo de Marianne fora enterrado no cemitério de Atlantic City. Os moradores não aceitaram a ideia de enterrar ela na cidade. O corpo de Carrel fora trazido e enterrado com honras e homenagens. Ele havia morrido por tentar ajudar os jovens. Evitou uma chacina. Andersen e Adam também foram homenageados pelo Prefeito de Still Ville. Os concederam entrevistas em dezenas de canais locais e nacional também. Por dias, jornalistas de todo o país, vieram à pequena cidade em busca dos pequenos heróis.
Todas as vítimas foram levadas para o Hospital de Atlantic City. Emett sofrera uma cirurgia nas pernas. Quase teve as pernas amputadas. Por sorte, os nervos não se partiram e os médicos fizeram a “reconstrução” dos membros. Josh sofreu traumatismo craniano e ficou alguns dias em coma. Quando despertou não se lembrava do havia acontecido. Tommy não ficou gravemente ferido, teve algumas escoriações. John passou por uma cirurgia de horas até que os médicos reconstruíssem o seu pé. Ele teve a mesma sorte que Emett, nenhum nervo havia sido prejudicado. Mary ficou vários dias em cima da cama até que uma cadeira de rodas ficou a sua disposição. Ela seria a sua companheira por vários meses. July e Michele ficaram só uma noite em observação. Michele teve o dente implantado, pois o verdadeiro havia quebrado com o soco que levara.
Dias depois todos estavam de volta à suas casas. Tentavam voltar à normalidade. Adaptando-se novamente. Os próximos Halloweens jamais serão esquecidos. As tristes lembranças sempre voltariam. Mas a vitória de saber que estão todos vivos era maior. A casa onde os Wilson moravam foi revistada pelos policiais dias depois do incidente. Vários objetos foram encontrados na casa. Objetos estes que foram usados durante alguns rituais macabros de Marianne. Como eles não tinham parentes vivos, todos os móveis foram doados para abrigos e asilos.
A casa estava abandonada. A prefeitura iria decidir o que faria com ela. Dentro do quarto misterioso, foram encontradas fotografias na parede das pessoas sacrificadas e as que seriam. Tudo estava vasculhado. O altar satânico havia sido destruído. Tudo estava no chão. Os policiais saíram da casa e deixaram a porta do quarto aberta. Quando o último policial cruzou a saída, a porta do quarto macabro se fechou violentamente. Certamente o demônio que Carrel falou era real e permaneceu ali.