Assombrações Infernais - Capítulo 5
Pegamos condução para a escola, o caminho foi silencioso. Chegamos na escola e entramos, e então Kayle disse a mim:
-Eu vou na biblioteca pesquisar mais sobre jogos de compasso, sobre os desejos e maus feitos por Lúcifer.
-Ah bom, até o recreio. - Eu disse, era impressionante como Kayle não ligava para essas coisas, ela não tinha medo, eu tinha vontade de brigar com ela, de dizer a ela para parar de querer saber mais sobre Lúcifer, minha vontade era de quebrar o compasso e esquecer disso tudo.
O sinal tocou, eu me dirigi para minha sala, as horas demoraram a passar. E então toca o sinal do recreio. Fui ao encontro de Kayle: -O que você achou sobre aquela coisa? E cadê Rayla?
-Nada sobre Lúcifer, nem sobre seus desejos, ou seus maus feitos. Rayla está com a garota dos pesadelos.- Eu estremeci.
-Ui! E encontrou algo sobre compassos?
-Sim. Lúcifer nunca aparece "pessoalmente" nesses jogos, nem quando caçoam dele ou o desafia, estou preocupada, ele só aparece quando tem inveja ou rancor de humanos. Isso só acontece em jogos de compasso e Ouija.
-Por que rancor?
-Por que esses humanos podem ter tido parentes que provocaram Lúcifer e não foram punidos indiretamente por Lúcifer.
Os outros horários passaram e a aula acabou. Fomos a loja da velha, mas havia somente uma moça com cara de balconista dentro da loja, que olhou para mim e Kayle e perguntou:
-Boa Tarde! O que vocês desejam?
-Eu desejo falar com a dona, uma velhinha.
-Ela vendeu se mudou. Se quiserem ela deixou o endereço.
-Tudo bem. Eu espero.
-Vou buscar. - Ela demorou cerca de um minuto e meio e voltou com um pequeno pedaço de papel e o estendeu para Kayle.
-Muito obrigada! Até mais.
-Ok meninas!
Pegamos um táxi e demos o endereço ao taxista. Fomos o caminho todo em silêncio. Chegando ao nosso destino, pagamos o taxista e descemos.
-Nossa,parece casa de filme de terror.
-Kayle, essa casa é macabra! Vamos rápido pois já está anoitecendo nesse fim de mundo! - Aquela casa era realmente macabra, era uma casa enorme de dois pavimentos e uma torre ao alto, era escura, com cores tristes, uns tons de cinza, e na frente haviam árvores sem folhas.
O tempo começou a fechar, e de repente começou a chover fraco. Eu e Kayle nos direcionamos para a porta de entrada e tocamos a campainha. A velhinha abriu a porta, eu e Kayle já estávamos preparadas:
-Boa Noite... - A velha se interrompeu e disse nervosa - O que vocês querem?
-Conversar com você.
-Não acredito, vão embora! - Eu retirei a faca do bolso de fora da minha mochila e apontei para ela dizendo:
-Melhor acreditar! - Kayle também pegou a faca e fez o mesmo que eu.
-Não vai nos convidar para entrar? - A velha assentiu e nós entramos. A casa por dentro era fantasmagórica, e havia um enorme quadro na sala, do que parecia ser um anjo.
-Quem é aquele? - Perguntei a velha que sentou-se em uma poltrona. Eu e Kayle também sentamos uma do lado da outra.
-Lúcifer. - Eu senti em calafrio. Lúcifer era realmente um anjo lindo, da outra vez que o virá eu só reparara na sua versão diabólica, dessa vez era a sua versão anjo. Ele tinha a pele clara, os olhos castanhos, os cabelos loiros cacheados, os ombros largos e a boca linda com os lábios rosados.
-O que Lúcifer tem contra nós, inveja ou rancor? O que ele quer? E quem é você? Porque está fazendo isso? - Kayle perguntou apontando a faca a ela. Logo em seguida Lúcifer apareceu e sentou-se ao lado da velha e disse:
-Por que não perguntam a mim, afinal estão em minha casa. Responderei vocês, minhas queridas.