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A Ultima Casa da Rua

A Ultima Casa da Rua - Capítulo 8


O local estava bastante escuro e cheiro de mofo era muito forte. Fazia frio dentro da casa. O ar era sombrio e tenso, estava do mesmo jeito quando há trinta anos a família Thompson foi morta. Todos sentiam muito medo, pois não sabiam o que veriam pela frente. Havia também muita sujeira na casa.
Era possível ver alguns móveis revirados, preservativos já usados no chão e seringas. O local também servia como motel e ponto para usuários de drogas. Todos caminhavam juntos e com cuidado para não fazer barulho.
Eca, está cheio de camisinhas aqui! — disse Adam.
É, acontecem certas coisas em casas abandonadas... — falou Carrel.
Adam, tome cuidado com as... — tentou alertar Andersen.
Antes que Andersen pudesse alertá-lo, Adam se esbarrou com duas latas que estavam no chão, fazendo o maior barulho.
Meu Deus! Desculpe, desculpe... — falava Adam, desesperado.
Droga! — falou Carrel. — Acamou a descrição. Peguem suas armas. — alertou Carrel.
Embaixo da casa, no porão, Marianne e todos ali ouviram o forte barulho vindo de cima. Havia alguém ali, ela poderia sentir.
Os três. Acho que temos visitas. Livrem-se delas e coloquem junto com o policial. — ordenou Marianne.
Os três ex-mascarados subiram as escadas com os seus robes pretos usados minutos antes na iniciação. A ordem era clara: matar os intrusos e enterrar os seus corpos junto com o do policial, morto horas antes na rodovia 47. O corpo estava enterrado a alguns metros de profundidade no quintal da casa. Um local certamente, livre de suspeitas. Os três subiram armados com grandes foices.
Vão, escondam-se ali atrás! — falou Carrel aos garotos.
Certo, vamos! — disse Andersen.
Os dois correram e se esconderam atrás de uma espécie de balcão, abaixaram e ficaram ali quietos. Carrel correu para o outro lado e se escondeu atrás de uma porta. Carrel pode ver os três vultos dos ex-mascarados. Suas pernas tremeram um pouco. Ele notou que os três estavam de costas para ele e de frente para o balcão que Andersen e Adam estavam escondidos. Carrel tentava pensar rápido no que poderia fazer, pois se demorasse mais, os ex-mascarados encontrariam os garotos e a situação não seriam as melhores.
Carrel olha em volta e procura alguma coisa para ajudá-lo, ele olha para as armas, mas seria arriscado demais. Seria um contra três. No máximo ele conseguiria atirar em dois homens e o terceiro, com certeza, o acertaria com a grande foice. Num rápido reflexo, Carrel pega no chão uma latinha e a atira o mais distante dele, fazendo-a atingir a parede. Os três ex-mascarados correm até o local do barulho, acreditando que havia alguém ali, afinal estava muito escuro e a visão era dificílima. Carrel saiu do seu esconderijo e correu até o local que os garotos estavam. Ao chegar, a sua surpresa. Não havia ninguém ali. Andersen e Adam haviam sumido? Haviam se escondido em outro local? Mas como? Isso o deixou mais confuso do que já estava.
Ao levantar um pouco e ver o lugar onde havia jogado a latinha, Carrel sentiu seu estômago gelar. Pressionou os olhos e reconheceu aquela cor de camisa ou da fantasia, que seja: era do Adam, com certeza. Então, antes que os ex-mascarados chegassem próximo dos garotos, Carrel se levantou e gritou:
Ei, idiotas! Estou aqui!
Os três se viram para Carrel, ele engatilha a as duas armas de calibre 12 e atira contra os ex-mascarados. Como previsto, ele havia acertado dois homens, o terceiro se desvencilhou e correu em direção de Carrel. Não daria tempo para engatilhar a arma de novo. Carrel só pensou em correr, porém, antes que corresse, ele ouviu dois disparos e o terceiro mascarado caiu sobre o chão. Andersen havia atirado contra o assassino. Carrel sentiu um alívio, sua vida estava salva, pelo menos naquele momento.

* * *

Do lado de baixo da casa, no porão, Marianne ouvia a tudo. Tentava imaginar o que estava acontecendo. Da onde seriam aqueles tiros ouvidos? Pensava. Seus jagunços não levaram nenhuma arma de fogo. Ela tentava não imaginar o pior. O sacrifício deveria ser feito logo, antes que algo pudesse dar errado. Tentou se apressar. Mas como carregaria aqueles corpos, ainda mais sozinha? Pensava mais uma vez. Ela não subiria, não sabia o que havia acontecido lá e muito menos o que a esperava.
Marianne caminhou em direção à Josh, ainda descordada. Retirou os ferros que atravessam suas mãos e as estacas dos seus pés. Josh caiu sobre o chão. Em um canto do porão, havia um enorme símbolo desenhado sobre o chão, era um pentagrama invertido. Ali seria o local para o sacrifício. Marianne não conseguia carregar Josh, então a melhor maneira seria arrastando-a. John que estava lúcido, gritou com Marianne:
Largue ela! Não toque nela! Deixe-a em paz!
Cala a boca! O próximo será você! — retrucou Marianne.
Socorro! Ajude-nos! — gritou o mais alto que pode John.
Do lado de cima, os pedidos de ajuda eram audíveis. Sim, aquela voz era familiar. Ele poderia reconhecê-la em qualquer lugar, mesmo sem ver a pessoa. Andersen escutou as súplicas e reconheceu a voz do seu irmão John. Ele mal podia acreditar. Uma das pessoas que ele mais amava na vida estava ali, em apuros. O desespero agora lhe tomou conta. As lágrimas desciam no seu rosto. O medo e a raiva misturaram-se e, sem dúvidas, a raiva sobressaia.
Eu vou até lá agora mesmo! — falou Andersen.
Calma, vamos pensar no que vamos fazer primeiro. — disse Carrel.
Meu irmão está lá embaixo! Não posso ficar aqui sem fazer nada! — gritou Andersen.
O John? — perguntou Adam.
Sim.
Tudo bem, mas fiquem atrás de mim. — disse Carrel.
Olhe Sr. Wilson, eu juro por Deus. Se sua mulher fizer algo contra o meu irmão, eu mesmo mato ela. — disse Andersen.
Se ela fizer isso com qualquer pessoa lá em baixo, eu que farei isso.
Os três se entreolharam e seguiram até o porão.
No porão da antiga casa, Marianne já preparava Josh para o sacrifício. Ela estava deitada sobre o pentagrama invertido no chão, com a blusa aberta e seus seios à mostra. O punhal já estava quase sendo cravado no coração de Josh, mas neste instante Marianne ouve o barulho da porta do porão ser aberta. E as luzes do local foram acessas. Ela para e olha assustada em direção a escada.
São vocês, fieis? — perguntou Marianne.
O primeiro foi ex-mascarado foi jogado de cima para baixo, caindo bruscamente no chão. Marianne se assustou com a cena que viu. O segundo e o terceiro também foram jogados. Os três ficaram ali caídos no chão, próximo à escada, um em cima do outro. Os cadáveres dos novos iniciados ao satanismo. Agora sim eles estavam no local onde sempre queriam estar: o inferno. Se iriam gostar já seria outra história.
O que é isso? Quem está ai? — gritou Marianne, assustada.
Marianne correu até o canto do altar e se agarrou à espada.
Quem está ai? — perguntou novamente.
Aquele que te mandará para o inferno! — gritou de volta Carrel Wilson.
A raiva e surpresa nos olhos de Marianne eram visíveis.
Você, Carrel? — perguntou Marianne debochadamente.
Sim, eu mesmo! Solte os garotos agora mesmo! — ordenou Carrel.
É melhor você sair daqui. — pediu, tentando ser gentil. — Volte para casa e finja que não está acontecendo nada. Vai ficar tudo bem, querido.
Isso acaba hoje. Você não mata mais nenhum inocente. — disse Carrel, tentando manter a postura firme.
O que você vai fazer? Vai me matar? — perguntou Marianne.
Você não gosta tanto do diabo? Só vou apressar as coisas para você.
Isso não funciona assim, Carrel. Abaixe a arma e vamos conversar. — pediu Marianne.
Solte os garotos agora! — gritou Carrel dessa vez em tom muito mais alto do que na outra vez.