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A Ultima Casa da Rua

A Ultima Casa da Rua - Capítulo 2

Andersen, Michele, July e Adam, chegaram à casa dos Wilson. Era uma casa espetacular, linda, uma das mais bonitas da cidade. Não era moderna e cheia de tecnologia, muito pelo contrário, era bem rústica, porém, o cuidado com o acabamento e o charme que ela transmitia era fora do comum. Não havia aquele que passasse pela rua e não admirasse a linda casa dos Wilson. Andersen e seus amigos abriram a porta da cerca branca, e caminharam em direção à porta principal.

Antes de baterem à porta, o Sr. e Sra. Wilson, vieram receber as crianças. Pareciam esperar por aquela visita ou, de algum modo, havia alguma câmera escondida na entrada de onde eles puderam as ver chegando.
Que lindas crianças! — falou Marianne Wilson.
Obrigado. — responderam em coro.
Doces ou travessuras? — perguntaram em coro novamente.
Bem, preparei deliciosos doces. Querem experimentar? — perguntou Marianne.
Todos fizeram sinal positivo com a cabeça.
Entrem, crianças. — convidou Carrel Wilson.
Todos entraram.
Dentro da casa, tudo era lindo. Os móveis antigos se combinavam com os novos móveis. A TV LED 3D de 60” combinava perfeitamente com a estante de carvalho com mais de cem anos, muito conservada, por sinal. Se por fora, a casa aparentava não dispor de nenhuma tecnologia ou modernidade, dentro parecia um palácio equipado com o que há de mais moderno em tecnologia. A lareira na sala era gigantesca. Os detalhes ao redor dela, eram feitos com marfim. As portas da casa pareciam ter sido esculpidas a mão, de tão perfeitas que eram.
Andersen e seus amigos estavam boquiabertos. Nunca haviam visto tamanha beleza e luxo, só nos filmes.
Gostariam de sentar, crianças? — perguntou Marianne, docemente.
Todos assentiram e ela os levou até a sala, acomodando-os no confortável sofá.
Vou buscar os doces. — disse Marianne. — Querido, faça sala para os nossos pequenos convidados. — falou à Carrel.
Ele assentiu. Ela saiu em direção à cozinha.
Como vocês cresceram! Da última vez que os vi, estavam ainda junto com seus irmãos! — falava rindo.
É, agora já é hora de começarmos a andarmos sozinhos. — disse Andersen.
Isso é bom. Começar a independência de voces.
Todos concordaram.
Qual o nome dos outros? Sabem como é, não é? Vai chegando à idade e as memórias vão se esvaindo.
Bem, estes são: Adam, Michele, July e eu sou o Andersen. — apresentou Andersen apontando para cada um.
Marianne trazia uma bandeja repleta de doces, sanduíches, bolos, refrescos etc. Tudo parecia ser delicioso. As crianças não fizeram cerimônia e comeram muito. Fartaram-se. O casal Wilson os observava comendo. Não desgrudavam os olhos deles. Era como se os desejasse.
Após eles devorarem tudo, Marianne os convida para conhecer os quartos no primeiro andar. Com certo receio, todos aceitaram o convite e a acompanharam até o andar de cima.
Os corredores eram bem iluminados e espaçosos. A casa aparentava ter muitos quartos, pela quantidade de portas que havia ali. Marianne os guiava por entre o corredor. Abriu uma porta e entrou com eles em um dos quartos. July, Michele e Adam entraram com ela. Andersen, com sua curiosidade, foi percorrendo até o final do corredor. O silêncio predominava o local. Andersen virou a sua direita e começou a percorrer o extenso corredor. No final, deparou-se com uma porta diferente das demais. A sua cor era mais escura, os seus adornos chegavam a ser assustadores. Até que olhou para a fechadura e notou que possuía um símbolo. Era um pentagrama e uma cruz invertida. Andersen não sabia muito bem o que significava. Mas aquilo fez com que ele gelasse.
Uma mão o puxa pelo ombro de forma ríspida. Era Marianne, muito nervosa, por sinal.
O que você está fazendo aqui? — perguntou de forma grosseira.
Eu... eu... só estava procurando o banheiro. — gaguejou Andersen.
Era só ter pedido. Não saia de perto do grupo.
Está bem. Desculpe-me.
Tudo bem, querido. Só não quero que se perca por aí, tudo bem? — falou, tentando ser gentil.
Ela saiu empurrando Andersen para fora do corredor e o levou até a sala onde estavam os seus amigos, esperando-o.
Vamos embora daqui. — sussurrou ao ouvido de Adam.
Mas por quê?
Há algo aqui que não estou gostando. Vamos embora, o.k.?
Vocês querem mais doces, queridos? — perguntou docemente Marianne.
Si...
Não, obrigado. Precisamos ir agora. Não podemos demorar. — interrompeu Andersen.
Todos ficaram surpresos, mas aceitaram a decisão e foram embora da linda casa.

* * *

O volume do som no carro ainda continuava alto. Emett voltou para o banco da frente, Josh dormia no banco de trás sobre o colo de Tommy.
O John e a Mary estão demorando demais, não acha? — perguntou Emett a Tommy.
Relaxa, cara. Eles devem ter parado no caminho para... ah! você sabe, não é? — respondeu com um leve sorriso.
É que não podemos demorar muito aqui, temos que dirigir até Atlantic City e voltar antes do amanhecer. E a aproveitar a festa lá. — disse.
É, mais dará tempo.
Eu sei, mas... — parou. — Droga! Droga! Jogue as garrafas de cerveja para fora e a erva também, rápido! — gritou para Tommy.
O que foi, cara?
Uma viatura vem vindo na nossa frente! — falou Emett.
Droga! — gritou Tommy. — Josh, acorde, acorde!
A viatura veio na direção em que eles estavam e parou em frente ao carro de Emett. Só havia um policial. Ele desceu e foi até o lado do motorista, bateu no vidro e pediu para que o abaixassem.
Oi, policial. — falou Emett.
Documentos, por favor. — respondeu sério.
É que... os... — gaguejava.
Os documentos. Agora! — exigia o policial.
É que estão com um amigo meu, ele já está voltando. — falava Emett.
Desçam do carro agora. Os três! — ordenou o policial. — Ahhhh! — gritou o policial, algo o acertara.
Emett, Tommy e Josh, assustaram-se com o grito do policial. Olharam para ele e notaram que alguma coisa atingiu o policial. Quando ele se virou, os três gritaram ao ver que havia três punhais encravados nas costas do policial. O policial ainda continuou em pé, quando uma segunda coisa o acertou, dessa vez, foi fatal. Uma flecha acertou sua garganta, atravessando-a. Em um instinto reflexivo, o policial bateu no vidro do carro, pedindo ajuda. Emett, Tommy e Josh estavam parados dentro do carro, em estado de choque. Não acreditavam no que viam. O policial caiu no asfalto e começou a ter convulsões e se engasgou com o próprio sangue, morrendo ali.
Meu Deus! O que aconteceu? — perguntou Josh.
Eu não sei! — respondia Tommy.
Precisamos ajudá-lo! — gritava Josh.
Não, está doida? Tem alguma coisa lá fora! Ninguém sai daqui! — gritava Emett.
O desespero tomava conta de todos ali. Uma parte queria ajudar o policial, mas o instinto de autodefesa impedia que eles saíssem, afinal, havia alguma coisa lá fora.
Não podemos deixá-lo morrer, Emett! — falava Tommy.
E você quer morrer? — perguntou Emett. — Vamos sair daqui a agora! — avisou.
Emett engatou a marcha e acelerou o carro. Segundos após a saída deles, um furgão preto saiu de uma estrada de terra e fora atrás deles a toda velocidade.
Você não deveria ter deixado ele lá! — gritou Josh.
Você queria morrer também, sua idiota? — revidou Emett.
Nós vamos ser presos! — dizia Josh, muito confusa e chorando muito.
Ah, é? Presos por quê? Não matamos ninguém! E cala a boca! Você não está ajudando em nada! — gritou mais uma vez.
Fiquem quietos vocês dois, vamos nos acalmar, o.k.? — falou Tommy, tentando manter a calma.
Droga, droga! — gritava Emett. — Que inferno!
O que foi, cara? — perguntou Tommy.
O John e a Mary! Esquecemos deles! — fala Emett.
Vamos voltar para buscá-los! — disse Josh.
Você está louca? — indagou.
Não podemos deixá-los lá, Emett. E se o cara que fez aquilo com o policial pegar eles também?
Tommy olhou para trás e notou que estavam sendo seguidos pelo furgão preto.
O cara não vai pegar eles. — disse friamente, com lágrimas escorrendo pelo rosto.
Por quê? Como você sabe?
Por que eles estão bem atrás de nós! — gritou.
O quê? — falou Josh, desesperada.
Não, cara, isso não pode estar acontecendo! — dizia Emett, chorando muito.
Pegue o celular e ligue para a polícia! — gritou Tommy para Josh.
Josh pegou o celular que estava no porta-luvas do carro.
Não tem sinal! — gritou Josh.
Tente o meu! — falou Emett, tirando o celular do bolso e passando para Josh.
Tem sinal! — gritou eufórica.
Ótimo, tente agora! — falou Tommy.
Certo.
Josh discou o número de emergência. Chamou duas vezes e atenderam.
Alô, socorro... tem alguém... — parou.
Ao tentar falar com a atendente policial, o furgão preto bateu forte na traseira do carro em que eles estavam. O celular caiu da mão de Josh. O desespero tomou conta de todos que ali estavam. O furgão mais uma vez bateu forte na traseira do carro. Com a força do impacto, Josh, que estava sem o cinto de segurança, bateu com a cabeça no vidro dianteiro, desmaiando em seguida. Emett, que estava dirigindo em alta velocidade, tenta ajudar Josh, tirando uma das mãos do volante, deixando assim, de se preocupar com o que vinha à sua frente. Tommy pulou para frente para também ajudar Josh.
Ao voltar a olhar para a estrada, uma curva fechada na frente, a visão era pouca, o furgão acelerou mais e dessa vez foi para o lado em que Emett dirigia. Emett olhou e viu que alguém baixou o vidro do passageiro, e percebeu que havia mais de uma pessoa. A segunda pessoa pegou uma arma e atirou contra os dois pneus do carro em que os amigos estavam. A velocidade em que estavam era tanta, que o pneu dianteiro, ao receber o primeiro tiro, explodiu. Fazendo assim, com que o carro perdesse a direção, capotando em seguida. Capotou cinco ou seis vezes. Josh foi arremessada para fora do carro, violentamente. Emett e Tommy ficaram dentro do carro, ensangüentados e desmaiados. O furgão preto parou a alguns metros de distância. Os dois ocupantes desceram abriram a porta do fundo. Correram rapidamente até Josh e a jogou no fundo do carro, em seguida fizeram o mesmo com os demais.
* * *

John e Mary caminham de volta com as compras até o carro em que estavam Emett, Josh e Tommy. Os dois ainda não fazem ideia do que aconteceu com seus amigos. A distância do local onde eles estavam não era grande. Já era possível ver a pequena estrada de terra batida cruzando a mata fechada. Estrada esta que o furgão preto estava parado. Ao olhar para a deserta estrada da Rodovia 47, os dois percebem que o carro não estava mais lá.
O quê? Onde eles estão? Como puderam nos deixar aqui? — perguntou Mary, indignada.
É o que eu quero saber também. — respondeu John, seco.
Os dois se aproximaram do local onde o carro estava.
Ah! Já sei! Eles devem estar querendo nos pregar uma peça. É, deve ser isso... — fala Mary.
John começou a analisar e notou as marcas dos pneus no asfalto.
Bem, eles saíram em alta velocidade. — disse, apontando para as marcas na estrada.
O que é aquilo ali? — perguntou Mary.
Deixe-me ver...
John se aproximou de uma poça no asfalto, agachou e tocou. Ao sentir o cheiro, quase caiu.
É sangue! — gritou para Mary, assustado.
Você tem certeza? — perguntou Mary, com certo nojo.
Claro que tenho!
John, o que será que aconteceu?
Não sei, Mary. Mas alguém se machucou e muito. Há muito sangue aqui. — disse.
Ah, então deve ter sido isso.
Isso o que?
Alguém se machucou e eles foram para o hospital. — disse Mary.
Hum, deve ter sido isso então. — assentiu John. — Espere, o que é isso? — caído no acostamento, John enxerga um dos punhais que matara o policial.
Isso o quê? — perguntou Mary.
John foi até o local e pegou o punhal.
Essa faca aqui... está suja de sangue. — falou, mostrando o punhal.
Será que foi com ela que alguém se machucou? — perguntou Mary.
É, deve ser. Olhe que estranho esse símbolo nela. — falou John, mostrando para Mary.
Deixe-me ver...
Parece uma estrela e uma cruz... — disse John.
É, parece sim. O que será que significa?
Não faço à mínima ideia.
O símbolo no cabo do punhal era o mesmo visto por Andersen na maçaneta da casa da doce Marianne Wilson. O significado do símbolo, por enquanto, era desconhecido por todos.
Ainda na estrada, John e Mary, ouvem o barulho de motor de algum carro que se aproximava. Rapidamente jogaram as cervejas e cigarros fora. Já era possível ver os faróis do carro se aproximando. Mary foi para o meio da estrada e começou a sinalizar para que o carro parasse e os ajudasse. O carro não diminuiu a velocidade, conforme o previsto; aumentou a velocidade. John percebeu e gritou para Mary, alertando-a. Porém, já era tarde de mais.
Quando Mary começava a correr, o carro, ou melhor, o furgão preto, atingira-a. Mary voou sobre o capô do furgão, caindo no duro e frio asfalto. Não havia morrido, mas a aparência era assustadora. Parte do rosto estava totalmente ralado, havia uma fratura exposta nas duas pernas e no braço esquerdo. John observava tudo em estado de choque. Seus olhos não acreditavam no que estava vendo. Sua namorada sendo jogada e esmagada como um objeto sem valor.
O furgão parou, os dois ocupantes desceram e foram buscar o ensangüentado corpo de Mary. Abriram o fundo do furgão, pegaram o corpo e o jogou como um saco de batatas. Mary fez companhia a Emett, Josh, Tommy e o policial. John observava agachado entre os matos, chorando bastante. Não sabia o que aquelas pessoas queriam. Os frios assassinos entraram no furgão e ligaram o carro. Por um descuido, John se pôs em perigo. Ele se desequilibrou e a moita que o escondia balançou. O motorista do furgão notou a presença de alguém ali. Ele fez sinal para o seu companheiro. Os dois desceram do carro e pegaram alguns punhais. Abriram a porta do fundo do furgão e contaram os corpos. Haviam cinco corpos, porém deveriam ser seis agora. O policial era um corpo a mais. Os dois assassinos fecharam a porta e foram em direção à John. O medo agora tomou conta do seu corpo. John não sabia o que fazer. As lágrimas escorriam o rosto.
Meu Deus, ajude-me. — suplicou.