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A Ultima Casa da Rua

A Ultima Casa da Rua - Capítulo 4


Cara, elas já são bem grandinhas, não acha? — questionava Adam.
Adam, nós fomos com elas, portanto temos que voltar juntos também. — dizia Andersen.
Andersen não gostou muito da ideia de deixar Michele e July voltarem sozinhas para a casa. Então, tratou logo de convencer ou obrigar Adam a aceitar sua decisão e irem à procura das amigas.
Adam, pare de resmungar. Parece um velho. — reclamava Andersen.


Não estou resmungando!
Já temos muitos doces, não acha?
Sim, claro. Muitos doces. Daqui a pouco abrirei uma loja de doces com a quantidade que ganhei... — respondeu Adam, irônico.
Andersen riu.
Adam, você não existe! — dizia Andersen, ainda rindo.
Os dois estavam próximos a casa dos Wilson. Havia uma caminhonete preta parada em frente a casa.
Hum, o Sr. e a Sra. Wilson devem estar recebendo visitas. — disse Andersen.
É deve ser... ou alguém deve ter vindo comer uns doces. — falou Adam.
Ei, o que é aquilo ali? — apontou Andersen em direção à grama próximo a porta de entrada.
Aquilo o quê?
Caído na grama próxima à porta, estava o chapéu de bruxa da fantasia de July. Estava escuro, mas dava para vê-lo.
Parece o chapéu de bruxa da July. — disse Andersen.
É, verdade. Parece mesmo.
Vamos até lá.
Andersen e Adam passaram pela cerca branca e foram até o local onde estava o chapéu. Andersen o pegou e viu que realmente era o chapéu de July.
Não parece, é o chapéu dela. Mas o que ele está fazendo aqui? — disse Andersen.
Bem, na certa ela esqueceu na hora em que viemos aqui.
Não, ela estava com ele quando saímos, eu lembro. — afirmou Andersen.
Ah, então elas devem ter voltado para pegar alguns doces e July deixou cair o chapéu.
É, deve ser. — concordou Andersen.
Barulhos foram ouvidos dentro da casa e a porta foi aberta. Andersen correu e puxou Adam junto com ele. Os dois esconderam-se na lateral da casa e ficaram observando o movimento. O mascarado carregava de dentro da casa dos Wilson, dois sacos grandes nos ombros. Cada um de um lado. Michele e July dentro de cada saco, certamente. As duas foram jogadas do fundo da caminhonete como se fossem sacos de batatas. O mascarado sentou no banco do motorista, ligou o carro e espero. Elegantemente arrumada, Marianne Wilson saiu de casa, fechou a porta e entrou na caminhonete. Em seguida os dois partiram.
Logo após a partida de Marianne e o mascarado, Andersen e Adam aproximaram-se do chapéu caído de July. Andersen agachou e o pegou. Os dois agora imaginavam onde estaria as suas amigas, já que Marianne havia saído. Será que elas estão com o Sr. Wilson? Imaginava Andersen. Mas porque Marianne havia saído de deixado elas lá. Questionava-se.
Para onde será que ela foi? — perguntou Adam.
Não faço a mínima idéia.
E as meninas, será que estão aí dentro?
Também não sei, cara. Vamos lá saber... — disse Andersen.
Os dois foram em direção à porta e Adam bateu. Nada. Insistiram e ninguém abria.
Que estranho. — disse Andersen.
O quê?
Na outra vez, antes mesmo de batermos à porta, alguém vinha abrir. Agora parece que não há ninguém em casa.
É, verdade. Será que ele também saiu?
Não sei, cara. Vamos dar uma volta em torno da casa.
Os dois começaram a percorrer em volta da casa para saber se havia alguém lá dentro. As luzes internas estavam acessas, porém as cortinas nas janelas impediam a visão lá de dentro. Adam tentou encontrar alguma brecha, mas não encontrava nenhuma. Andersen tentou do outro lado, até que uma brecha milimétrica foi encontrada. Para conseguir ver algo dentro, era preciso muita concentração. Andersen aproximou-se da brecha na janela e fixou bem o olhar para dentro. Viu que próximo a porta de entrada, os móveis estavam afastados, como se tivesse havido uma briga ou algo do tipo. Até que uma coisa, em especial, chamou-lhe a atenção: uma pequena poça de sangue. Andersen arregalou os olhos.
Aproximando-se de Andersen, Adam apareceu.
E aí, conseguiu ver alguma coisa? — perguntou Adam.
Consegui sim.
E aí, o que viu?
Acho que houve alguma briga ou algo do tipo.
Por quê?
Tem alguns móveis virados e vi uma poça de sangue. — respondeu Andersen.
Sangue? Tem certeza? — questionou Adam.
Aparentemente sim.
De quem será o sangue? — perguntou Adam.
E eu vou lá saber, Adam? Você tem cada pergunta... — respondeu Andersen, visivelmente irritado.
Calma cara, desculpe.
Não, eu que peço desculpas. — disse Andersen.
Tudo bem...
Socorro! — alguém gritava em um volume bem baixo.
Ei, você ouviu isso? — perguntou Andersen.
Isso o quê?
Tem alguém pedindo ajuda, vamos lá.
Andersen puxou Adam pelo braço e os dois correram até a porta principal da casa. Andersen colocou o ouvido contra a porta e tentou ouvir se o barulho vinha de lá de dentro.
Socorro. — gritou novamente.
Dessa vez o som foi mais audível.
O som vem de lá de dentro mesmo! — falou Andersen.
São as meninas? Quer dizer, a voz é feminina? — perguntou Adam.
Não. Acho que é o Sr. Wilson. — respondeu Andersen. — Temos que ajudá-lo.
Mas como vamos entrar? Vamos chamar a polícia, é isso? — perguntou Adam.
Não. Polícia não. Vamos encontrar outro meio.
Mas como vamos fazer para entrar?
Estou pensando.
Arrombar portas não é legal.
Eu sei, mas... — parou. — Ah, lembrei de algo. Geralmente lá em casa deixamos sempre uma cópia da chave embaixo de alguma coisa, tipo vaso de flores, carpete etc. Aqui não deve ser diferente...
Hum, uma boa ideia. — Mas descarte o carpete, aqui não tem. — disse Adam.
Vamos ver debaixo daqueles vasos ali, quem sabe não encontramos algo.
Certo.
Os dois correram um para cada lado à procura de alguma chave para abrir a porta. Até que por milagre ou sorte, Adam encontrou uma cópia.
Encontrei! — gritou Adam, euforicamente.
Ótimo, vamos abri-la.
Andersen pegou a chave e pôs na fechadura e tentou rodar, porém nada aconteceu. Não se movia, não era a chave certa.
Droga! — gritou Andersen.
O que foi?
A chave não é essa.
Ué, como assim? Deveria ser, não é?
É, deveria, mas não é.
Ah, já sei, deve ser da porta dos fundos. Vamos tentar lá. — falou Adam.
Isso, vamos ver.
Os dois correram euforicamente até a porta dos fundos. Adam pegou a chave da mão de Andersen.
Dei-me isso aqui. Tenho mais sorte que você.
Ah, claro, vamos ver...
Andersen pôs a chave na fechadura e conseguiu abrir a porta.
Viu? Eu sou sortudo.
Sorte nada. Pura lógica, era a única porta que poderia ser aberta. — disse Andersen.
Está bem, não fique com inveja... — falou Adam, rindo. — Vamos lá, vamos salvar o Sr. Wilson.
Os dois adentraram na casa dos Wilson, subiram as escadas e bateram à porta dos quartos à procura do Sr. Wilson.
Olá, Sr. Wilson, é o senhor? Estamos aqui para ajudá-lo. — dizia Andersen.
Adam repetia sempre as palavras de Andersen.
Socorro! Alguém me ajude! — gritava o Sr. Wilson.
Sr. Wilson, onde o senhor está? — gritou Adam.
Quem está aí? — perguntou Carrel Wilson.
Nós, o Andersen e o Adam. Nós estivemos aqui mais cedo. — respondeu Andersen.
Ah, lembrei.
Como podemos tirá-lo daí? Há alguma cópia da chave? — perguntou Andersen.
Sim, há. Vá até o terceiro quarto à esquerda e no criado-mudo do lado direito da cama há um molho. Lá tem a cópia de todas as chaves das portas da casa.
Está bem, já estou indo. — disse Andersen.
Andersen percorreu mais alguns metros e entrou no quarto indicado, abriu a gaveta do criado-mudo e pegou o molho de chaves. Ao sair do quarto, Andersen deparou-se com a porta do quarto que horas antes ele tentou abrir. A porta com a maçaneta do símbolo estranho. A tentação para procurar uma chave compatível com a aquela porta era muito grande, porém tinha que ajudar logo o Sr. Wilson. Andersen deu uma olhada novamente para a maçaneta da porta e ao sair, pode jurar que ela havia se mexido. Olhou novamente, pressionou os olhos, tentando saber se era algo da sua imaginação. Dessa vez viu nitidamente a maçaneta se mexer. Curioso, Andersen aproximou-se da porta, colocou o ouvido contra porta e perguntou baixinho:
Oi, tem alguém aí?
Nada respondia.
Oi, tem alguém aí? — insistiu.
Na segunda pergunta, a porta tremeu literalmente. Andersen saiu correndo dali e foi levar o molho de chaves para Carrel Wilson.