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Contos e Encontros Anormais

Contos e Encontros Anormais - Capítulo II



Em menos de dez minutos, três viaturas e pelo menos quinze policiais estavam de prontidão no colégio. Foram chamados para conter um atentato que supostamente se abatera sobre a escola. Ao lado das viaturas, a ambulância do SAMU estava socorrendo a diretora ferida, que era o caso mais grave. Os cacos de vidro da porta do Grêmio atingiram-na nos braços e no rosto, causando uma série de ferimentos pouco superficiais e marcando o chão do Bloco 2 com sangue. 

Além da diretora, outros alunos foram infligidos pelos estilhaços e precisaram de socorros básicos. Heitor e o resto de sua sala por pouco não ficaram entre os feridos. Cacos de vidro estavam por toda parte, e em pouco tempo a pequena mídia ficou sabendo do ocorrido. O Diário Grande marcou presença no local em questão de poucos minutos, tentando extrair alguma matéria de tantos fatos estranhos. A jornalista e o câmera tentavam conversar com a polícia, porém nenhuma informação era fornecida ao Diário. Em revés, o fotógrafo retratava o máximo de imagens que conseguia, seja dos feridos ou dos estilhaços no chão.

De repente, gritos ecoam do segundo andar do bloco e duas pessoas descem correndo as escadas, completamente apavoradas. 

-Socorro! Tem um corpo lá em cima! Socorro! - Gritava a garota.

-Ajudem pelo amor de Deus, rápido! 

Os policiais saíram correndo, junto com metade dos alunos da instituição em direção ao segundo andar do Bloco 2. Alguns alunos já tinham achado o cadáver, na última sala no final do corredor, e se aglomeravam, curiosos. Alguns choravam, outros tentavam manter os outros e a si mesmo calmos e ainda outros corriam na direção do banheiro para vomitar. Chegando na sala indicada, os policiais avistaram a cena mais mórbida que poderiam ter visto. A mulher estava sentada na cadeira com a coluna e a cabeça torta para trás, com a boca escancarada e uma expressão inumana. Os olhos revirados causavam agonia, e o pescoço roxo e marcado dava ânsia de vômito em qualquer um que a visse. 

-Para trás, para trás! Saiam daqui agora! Andem, saiam! - Gritavam os policiais. 

-Que raios está acontecendo por aqui? - Disse a coordenadora, incrédula com o tumulto. - Meu Deus, não é possível! Vão para o Bloco 3, agora! Não quero ninguém aqui, saiam! 

O corpo da professora Fernanda estava sendo coberto pelos policiais quando os alunos começaram a sair do bloco. Muitos passavam mal, uns ligavam para casa e outros apenas comentavam o ocorrido. Do outro lado do estacionamento, um grupo de pessoas se reuniu e começou a recitar preces de proteção e ajuda. O caos se instalou completamente. Os professores se reuniram na sala da morte para conferir se os boatos realmente eram reais.

Fernanda era uma professora de meia idade, com tipo baixo e robusto, cabelos curtos grisalhos. Não devia nada a ninguém, vivia sua simples vida como qualquer outro e jazia agora morta. 

-Quem fez isso? - Perguntara um professor.

-Não faço ideia. Dois alunos saíram gritando sobre um corpo e nós subimos. A perícia já está a caminho, fiquem calmos. - Respondeu um dos policiais.

-Como ficar calmo? Uma professora morreu, a diretora está no hospital cheia de vidro nos braços... e por falar nisso, como os vidros da parte de baixo de um bloco inteiro se estilhaçaram de uma só vez? Pode me explicar isso, policial? - Dissera Lúcia, assustada e indignada.

-Olha, eu só peço calma. Nós estamos tão assustados e intrigados como vocês, mas uma coisa de cada vez! Agora saiam, não podemos atrapalhar o trabalho da perícia.

Poucos minutos depois, os peritos criminais chegaram, junto com toda a imprensa regional. Em breve os grandes jornais, e com toda certeza a televisão, estariam aos montes buscando exclusividade.

No estacionamento, a maior parte dos alunos fora para casa, porém muitos ainda continuavam incrédulos sobre os terríveis fatos que se sucederam em apenas poucas horas. Uma invasão, janelas explodindo e cortando pessoas e uma professora morta. Como explicar isso aos pais e aos alunos? Como passar sensação de tranquilidade às pessoas se tudo desmoronava completamente? Júlia estava sentada num banco em frente ao Bloco 3, e foi pra lá que Heitor se dirigiu, junto com mais alguns de sua sala. 

-Jú? 

-Oi Karol... eu to com medo.

-Eu também to com muito medo. Vou ligar pra casa, falar que to voltando. Não fico aqui nem mais um minuto!

-Nem eu. - Disse Leonardo.

-Sabem, tudo isso é muito complexo... notaram a sequência dos fatos? Uma suposta invasão, os vidros explodem na cara das pessoas deixando a diretora ferida e uma professora morre. O que tudo isso têm em comum? - Disse Heitor.

-Ué, nada. São eventos diferentes, não podem ter relação um com o outro. - Sugeriu Alberto.

-Tudo que aconteceu envolveu, de uma maneira ou de outra, algum dos funcionários. A diretora, a professora...

-Não tem nada a ver, e a tal invasão? - Disse Leonardo.

-Você mesmo disse que a melhor forma de acabar com provas perigosas é destruindo o local que elas se encontram. - Heitor continuou. - No caso, os computadores da sala de informática! Se a professora Fernanda viu alguma coisa que não deveria...

-Alguém tentou tirar ela da jogada para sair limpo! - Sugeriu Karol.

-Exato! Alguém que fez alguma coisa grave ao ponto de fazer toda essa atrocidade. Será que foi algum aluno? - Disse Heitor.

-Não sei. Talvez. Improvável ser e fazer tudo isso. Como explodir todos os vidros do bloco ao mesmo tempo com pessoas olhando mas ao mesmo tempo ninguém ter visto nada?

-De fato, isso ta cada vez mais estranho. - Concluiu Leonardo.