O Cilindro se Abre
E daquele cilindro sairia uma coisa que mataria muitas pessoas. Talvez todo o mundo fosse destruído. Um complexo sistema de engrenagens abriu a tampa assim que os parafusos se soltaram. Algo me dizia que aquele cilindro estranho poria fim horrendo aos homens.
De dentro daquele recipiente, saiu um gás amarelo, por alguns segundos. A multidão sentiu uma leve tontura que logo passou. Não senti uma coisa muito forte, como alguns outros, mas a tontura chegou a me atingir. De repente, vejo saindo da cápsula uma criatura com forma de uma cobra com duas cabeças e dois pares de asas. O animal tinha três olhos, e pelo que imaginei serem as bocas do bicho, saíam línguas compridas e pontiagudas.
Todos estavam em silêncio, quando bruscamente, a criatura se ergue, evidenciando seus quase dois metros. Então, com sua língua, ela perfura a cabeça de um senhor que estava ao meu lado. Enquanto isso, a outra cabeça decepava braços e pernas de pessoas próximas. A gritaria e correria não podia ser maior. Sangue, ossos e corpos dilacerados se mexendo estavam por toda parte. Terá chegado o fim da humanidade?
-Finalmente cheguei em casa. Preciso arrumar tudo e sair daqui! - Disse.
"Enquanto isso, Europa, China, Japão, México, Rússia e Estados Unidos alegam ter recebido a visita de seres extraterrestres que estão matando milhares de pessoas nas grandes metrópoles do mundo. O planeta está em estado crítico."
Era o que dizia o último jornal da tarde que talvez eu veria.
"De acordo com o Comandante das Forças Armadas dos EUA, Sag Latrom, nenhuma arma testada foi comprovadamente eficaz contra a invasão alienígena. Ele também aconselha as pessoas a se refugiarem em suas próprias casas."
Quartel 12, ala D. Área 51, EUA.
-Comandante! A operação EM não está andando como planejado!
-Merda. Em poucas horas, uma febre mortal vai atingir os infectados, aumentando as ilusões que viram até agora. Quando finalmente não aguentarem mais, vão se matar e a bactéria presente no corpo deles vai se espalhar pelo ar e contaminar outras pessoas. Erramos em desafiar o mundo, em desafiar a natureza. Finalmente o homem aprenderá a não subestimar o que não conhece. Nós causamos isso, e infelizmente não há cura. A natureza, quando agredida, não revida. Ela se vinga.