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Pacto de Ódio

Pacto de Ódio - Capítulo III



No segundo intervalo das aulas, Lucian estava sentado num canto isolado do pátio, no chão, olhando incrédulo para os dois idiotas, que pareciam se conhecer a anos, rindo feito amigos de infância. Ele sentiu uma pontada de raiva “como aquele maldito conseguiu...? Em tão pouco tempo?”

O vampiro mordeu os lábios com força, socou o chão com violência e fechou os olhos, inclinando a cabeça para cima e batendo-a repetidamente na parede. Quando abriu os olhos, o choque com o sol das 11 da manhã o fez estremecer e abaixar a cabeça rapidamente, encarando seu All Star preto e rasgado. Isso não vai ficar assim, definitivamente não vai!

•●†●•

-Então, quer dizer que você foi adotada quando tinha seis anos?

-Ah, pois é, eu tive sorte nisso... meu pais são muito bacanas.

-Hm...

Aquele silêncio era mais desconfortável para Lauren do que Andrew podia imaginar. A garota evitava olhar em seus olhos, e parecia constantemente trêmula e indecisa, gaguejando e muitas vezes ficando sem palavras. Como agora.

O anjo riu discretamente. De forma sutil, se aproximou do outro no banco e segurou em seu queixo, obrigando-a, mesmo que de forma delicada, a olhar em seus olhos. Aquilo fez a mestiça ficar tensamente corada, ao mesmo tempo em que não conseguia encontrar – novamente – palavras para demonstrar seu espanto.
   
Ela sentiu arrepios subindo em suas pernas, acariciando seu peito e arranhando suas costas; acelerando ainda mais seu coração quando sentiu a boca do outro aprofundando-se na sua. Sua respiração falhava; as mãos do outro escorregavam em seus ombros e os arrepios ficavam menos inocentes. O beijo ficava menos inocente e os toques também.
    
O vampiro entrou na sala enfurecido, apanhou sua mochila e saiu da escola pelos fundos, bufando de raiva.
   
“Maldito desgraçado! Com ousa? Como... ele consegue fazer essas coisas? Não! Eu não vou perder para ele, não vou! Urgh, e essa mestiça de merda? Caiu logo de primeira na dele, o infeliz! Eu vou virar esse jogo, hoje mesmo!”

•●†●•

-Até amanhã, Lauren – disse o anjo, com seus olhos azuis mais hipnóticos do que nunca. O outro abriu a boca, mas não chegou a responder. Quando encerram o beijo, Andrew deu seu último sorriso e virou-se para ir embora.
   
Até o instante em que o anjo passou pelo portão, os olhos cor de mel ainda o acompanham. Lauren saiu de seu transe e começou a andar até o banheiro. Que loucura eu estou fazendo! Mal o conheci e já estou... ah, meu Deus! Droga, droga, droga! Eu só me fodo nessa droga de vida! Será que isso pode piorar?
   
Antes de terminar seu pensamento, sentiu alguém o observando pelo reflexo do espelho. Ela levantou a face e deu de cara com um garoto pouco mais alto do que ela, de vestes escuras e acessórios prateados. Ele não parecia ser um total desconhecido, mas Lauren não fazia idéia de onde o conhecia, e nem como ele havia surgido assim, tão sorrateiro, atrás de si.