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Contos e Encontros Anormais

Contos e Encontros Anormais - Capítulo VI


17:53 h - Laboratório de Química, segundo andar, Bloco 2.

-Assim que a solução começar a entrar em ebulição, apaguem o bico de Bunsen e não toquem no béquer. Deixem em cima da bancada que amanhã na primeira aula iremos verificar o que ocorreu. Podem sair.

Em grupo, os alunos saíram do laboratório e se dirigiram para a sala de aula, onde arrumariam a mochila para encerrar mais um período letivo. Enquanto isso, no laboratório, a professora Lourdes debruçava sobre o diário de classe, anotando o tema da aula, notas e faltas. 

Vestida com uma simples camisa branca e calça jeans, junto com o avental característico do laboratório, Lourdes estava estressada a um ponto exaustivo. Eis que então, para coroar o dia, um temporal desaba sobre a cidade. Com as janelas abertas, rapidamente alguns equipamentos ficaram encharcados. Vendo a situação, a professora saiu correndo pela sala e tentou fechar as grandes janelas do laboratório. Sem sucesso, subiu numa cadeira e tentou destravar a porta corrediça que estava emperrada, quando então uma rajada de vento a desequilibrou. Abalada, Lourdes precipitou-se em direção ao ar livre, porém em tempo conseguiu abrir os braços e impedir uma queda mortal. Pelo menos naquele momento. A cadeira na qual subira molhara e não era mais a sustentação ideal para alguém do porte da professora. Os pés vacilaram por um segundo, e todo o equilíbrio de Lourdes esvaíram-se como num passe de mágica. Inclinada para o parapeito, precipitou-se em direção ao solo como uma frágil casca de noz. Assim que seu corpo bateu no chão, de costas, raios e trovões rebombaram no céu escurecido da cidade. Então, uma tênue voz saia da boca da professora estatelada, indicando que ainda estava viva. No laboratório, uma figura aparentando meia idade, com tipo baixo e robusto e com cabelos curtos e grisalhos olhava fixamente para a janela pela qual a professora caíra. Então, mais raios e trovões povoaram o céu com estrondo e a aparição sumira tão rápido quanto aparecera. 

-Lourdes? Lourdes? Nossa, que gelado... - Cíntia, a auxiliar laboratorial, começa a procurar pela professora. Notando as marcas da chuva e a cadeira próxima à janela sendo encharcada, resolve fechar a janela. Assim que se aproxima dela, vislumbra com terror o corpo estatelado da professora do lado de fora do bloco, e dá um grito esganiçado. - Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhh!

Virando-se, Cíntia encara talvez a coisa mais horripilante que já vira em sua vida. Uma forma negra flutuante estava a poucos passos dela, com cabelos vermelhos que mais pareciam tentáculos saindo do que deveria ser a cabeça da criatura. Uma espécie de braços super finos estavam colados próximos ao corpo da aparição, de modo que os tais tentáculos eram a única coisa se mexendo. Em sua face, dois olhos sem vida fitavam a professora. Então, um grito horripilante se faz ouvir, e a última imagem que Cíntia vê antes de desmaiar é a de alunos entrando no laboratório para socorrê-la. Enquanto isso, ajuda chegava à professora estatelada no chão do lado de fora do bloco. 

No mesmo momento, Miranda virava no corredor que saía da biblioteca para ir ao Bloco 2 quando trombou com Heitor, correndo com um livro na mão e completamente assustado. Na capa preta do livro, em letras garrafais estava grafado "Estudo Aprofundado em Parapsicologia e Paranormalidade". Na cara assustada de Heitor, um semblante de horror incomum estava estampado como se ele tivesse visto um fantasma. Talvez isso realmente tenha acontecido.