Sangue Virgem
Em algum lugar sombrio e frio do mundo...
Já era noite e a tempestade de neve era intensa. Estava muito frio. E eu gostava do tempo frio, afinal eu também era. Estava faminto, há dias não me alimentava direito, então resolvi buscar meu alimento ideal: sangue. Porém não era qualquer sangue, deveria ser de uma mulher pura, uma virgem.
Não precisei andar muito até encontrar uma belíssima jovem. Seus longos cabelos eram negros como a noite e a sua pele branca como a neve que caía. Ela estava adentrando numa rua escura e vazia. Fui até a rua em que ela se encontrava, corri e tomei-a nos braços. Ela gritava, mas ninguém a ouvia. Arrastei-a para uma viela que havia na rua, toquei-lhe sua pele, senti o seu cheiro, procurei o doce sabor da vida que nela pulsava e eu tanto apreciava.
Acariciei-a e em seguida cravei minhas presas sobre seu pescoço, sugando cada gota daquele delicioso sangue. Nunca havia provado sangue mais saboroso que aquele. Não desperdicei uma gota se quer. Terminado, deixei seu corpo que agora estava frio como à neve, na viela que estávamos. Limpei-me e fui para casa, satisfeitíssimo. Lembrar-me-ei do sabor daquele sangue por toda a eternidade.