Chuva, clima pesado. Era o início das minhas investigações, e eu tinha que achar alguém que me desse algo decente. Claro, o Frank's Bar era o único aberto a essa hora, e o dono devia estar lá, esperando algum cliente ou alguém como eu.
-Como vai Frank?
-Ora, ora! Se não é o J.J.! O que faz aqui, meu amigo?
-Vim procurar trabalho. Minhas investigações andam em baixa. Sabe como é, hoje em dia muitas coisas mudaram.
-Com certeza. E então, o que vai ser?
-Black Diamond... puro!
-Boa escolha!
Frank era um gênio... 98% retardado, 2% gênio.
-Prontinho, aqui está. Elementar, meu caro J.J.! Está la fora o que procura:
Eis o mistério da coisa
Um letreiro luminoso do Motel Light dizia essas palavras.
-O que isso significa Frank?
-Bem, se na palavra "coisa" a gente tirar o "o" e colocar o "a" em seu lugar, temos a palavra "cais". O mistério está no cais!
-Mas e o resto da frase?
-Você vai lá ou eu vou ter que ir?
Como eu disse, ele é um gênio! Chegando no cais, encontro ela, a musa fatal. Carline.
-Demorou, meu doce.
-Sempre aprontando, não é, Carline?
-Sabe que preciso. Não vamos demorar mais! Venha comigo.
-Aonde vamos?
-No cemitério, é lógico.
Chegando lá, ela me mostrou a tumba de uma pessoa que eu conhecia bem. Uma pessoa muito familiar. Wild Bill Henks foi um grande fazendeiro da região. Realmente, vovô Bill era bem rico, até que veio um invejoso chamado Bamouà, um francês que estava vivendo e ganhando popularidade as custas de meu avô, e o matou.
-Já decifrou o enigma, J.J.? Seu avô gostaria que você descobrisse.
-Sim. Foi difícil entender e juntar as peças do quebra-cabeça. Deve ser por isso que nos livros de meu avô, ele nunca colocava um "fim" nas histórias. E deve ser por isso que esta história ainda não terá fim e meu vô será dignamente vingado.