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    Até que ponto um simples desenho é inocente? Existem coisas macabras no mundo, e este vídeo certamente é uma dessas coisas. Confira! Leia Mais...

O Alvorecer dos Mortos

O Alvorecer dos Mortos - Capítulo 3


Já estávamos andando a alguns minutos, porém pareciam horas, e tínhamos um objetivo: achar a Fê. Mas era difícil pensar quando se tem medo e só psicológico, pensei comigo mesma. Alguns minutos depois, estávamos perto do maior mausoléu de todos. Grande e branco, com portões de ferro enferrujados, um grande anjo de pedra nos observava e isso dava um aspecto ainda mais terrível ao mausoléu. Parei e fiquei olhando para o grande mausoléu. Klaus e os outros pararam e me olharam e comecei a sonhar acordada... ou minha imaginação estava me traindo...

“...
Eu estava parada olhando para o mausoléu, quando algo foi jogado de cima pelo grande anjo de pedra, com o olhar sombrio. Era um corpo, estava deformado e enforcado. A corda começou a girar lentamente e entao pude ver o rosto de quem era o corpo... era a Fê.
...”
Sai correndo em disparada para o meio dos túmulos e Klaus vinha correndo logo atraz de mim, falando algo intangível, ou pelo menos eu não queria escutar. Os outros deviam fazer o mesmo, mas não sabia ao certo. Não olhava para trás, pois estava morrendo de medo, mas alguém me fez parar... não alguém mas algo. Um vulto passou rapidamente pela minha frente. Gritei novamente, virando e correndo na direção contrária, e trombei com o Klaus.

-Ei...ei calma - Disse ele - O que foi?
-Eu vi... - Falei - Eu vi um vulto!
-Calma - Falou ele novamente - Vamos voltar para onde os outros estão.
-Temos que voltar! - Falei, imaginando para onde o vulto tinha ido. Corri com Klaus até o grande mausoléu branco, mas, como já havia imaginado, todos tinham desaparecido. Klaus tentou justificar isso de todas as maneiras possíveis: “eles devem ter ido de encontro da gente e se perderam”, ”devem ter voltado a procurar a Fê” e bla,bla,bla.
-Não foi nada disso! - Gritei - Tudo esté ligado, aquele velho, o sumiço da Fê, os vultos!!! Mas que caralho!!! Voce não entende?! Eles nos querem, como eu já disse, aqui e o lugar dos mortos! E não dos vivos!!! - Descontei toda a minha raiva contida em Klaus, que ficou calado apenas me olhando.
-Sah - Disse ele - É difícil, mas eu não sei o que dizer - Longo suspiro - Agora não é a hora pra eu te dizer isso... - Diminuiu o tom da voz - Mas eu te amo.
Fiquei tão surpresa com isso que não tive reação quando algo em decomposição e muito fedorento se aproximou de nós. Klaus percebeu e saiu correndo comigo, me puxando pela mão, eu o seguia confusa, mas sem pestanejar. Corremos entre os túmulos e as sepulturas, até que o perdemos de vista. Corremos por mais alguns minutos, quando paramos... estávamos perto do portão, Klaus estava em silêncio, e eu não iria falar nada, porque a principio não tinha nada o que falar, mas depois comecei:
-Klaus, eu...hã...
-Esqueça, Sabrina – Murmurrou. Ele nunca tinha me chamado de Sabrina, depois que ele mesmo me apelidara de Sah, e isso me deu um calafrio - Vamos achar os outros e ir embora daqui.
-Mas...
-Mas nada! Se você quiser ir, pode ir, o portão esta ali! - Ele apontou para o enorme portão enferrujado, que por algum motivo estava sem o cadeado.
-Vou achar os outros com você - Falei rispidamente.
Ele deu os ombros e começou a andar para a direção oposta, pela que viemos. Segui ele, sem dizer se quer uma palavra. Andamos muitos e muito metros, até conseguirmos ver o grande mausoléu branco. Fiquei o observando a medida que nos aproximavamois... faltava algo nele, algo que estava la antes... sabia que estava faltando algo, mas não sabia o que... era difícil adivinhar.
Klaus estava muito distante de mim, não falo apenas emocionalmente, mas sim longe de distância... ele devia estar a uns 5 metros de mim. Nos aproximamos do mausoléu e foi quando percebi o que faltava! Era o enorme anjo de pedra! Mas foi tarde de mais, ele já havia pego Klaus pela gola da blusa, e o levantara do chão. Klaus se debatia contra o enorme corpo de pedras, ele gritava coisas intangíveis, mas nada alterava a expressão fria e dura da pedra com forma de anjo.
O anjo de pedra me olhou, e disse algo. Não ouvi o que ele disse, porque Klaus gritou para mim:
-Corra para o portão e saia! Agora! Va Sah, não tem como você resgatar nenhum de nós! Corra! Agora!Viva por mim!
Comecei a correr, mas olhei por cima do ombro, e vi Klaus no chão, e o anjo com uma enorme lança apontada para o peito dele. Gritei por cima do ombro:
-Eu também te amo Klaus!
Ouvi o grito dele, me virei ainda correndo, ele soltou seu ultimo suspiro, e caiu no chão. Agora o anjo me olhava, e gritava ordens para os outros.Voltei a correr o mais rápido que pude mas as lagrimas deslizavam pelo meu rosto. Eu tinha um nó na garganta, e um medo horrível que não parava por nada, via vultos, e zumbis ao longo do caminho, mas desviava deles, pois o desejo de viver era mais forte, e eu faria isso por Klaus. Eu estava próxima do portão, já era o alvorecer, o sol se levantava preguiçosamente no horizonte. Caí perto do portão, tive um ultimo vislumbre antes de desmaiar, o anjo voltando correndo para o seu grande mausoléu branco, e os vultos sumindo e os zumbis correndo para sua covas.
Então eu me entreguei as lágrimas, e a inconsciência que vinha devido ao cansaço.