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  • Creepypasta
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  • O Sanatório
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    O Sanatório de Waverly Hills
    Um grupo de estudantes de paranormalidade resolve explorar o sanatório mais assombrado do mundo. Você tem coragem para ver o que aconteceu a eles? Leia Mais...
  • Stop Motion
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    Apenas um desenho...
    Até que ponto um simples desenho é inocente? Existem coisas macabras no mundo, e este vídeo certamente é uma dessas coisas. Confira! Leia Mais...

A Rua da Desgraça e outras Desventuras

A Rua da Desgraça e outras Desventuras IV



Nota de início: Caro leitor. Este conto é totalmente fictício, e tem como objetivo entreter você. Não leve em consideração qualquer menção a religião, fato, especulação ou acontecimento ao decorrer deste conto. Não há pontos verídicos nele, e qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

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Blinkog era o Secretário Oficial de Harrington, uma cidade ao norte do Alaska. Ele viveu trancado por anos, após a descoberta que abalou com o mundo oculto: como destruir todos os mundos. Blinkog é um mago e assim que soube o que seu mais novo feitiço podia fazer, avisou a todos que tinha feito a pior descoberta de todas e se trancou em seu quarto, só retornando agora, na guerra que poderia ameaçar Harrington.

Graças a um dos muitos feitiços de Zilda, todos chegaram em questão de segundos lá. Todas as criaturas eram treinadas nesta escola, mas há mais de 3500 anos uma briga entre Harrington e Stuwfelds, uma outra cidade na África, ao sul do continente, vem acontecendo. Essa briga começou com Skallaford Harrington e Balammond Stuwfelds. Eles eram grandes alquimistas naquela época e criaram todos os mundos existentes. Também eram grandes amigos, sempre criativos em seus experimentos e suas criações. Quando souberam que um prêmio em barras de ouro seria dado por um general de um reino a quem os ajudasse nas guerras, a ganância falou mais alto, pois cada um tinha uma idéia de um experimento e cada qual custava uma verdadeira fortuna, mas nada que o valioso prêmio não pudesse pagar. Durante dias ficaram brigando pelo prêmio, que na verdade era falso. Quando souberam disso, um começou a culpar o outro e desde então vivem se atacando. Certo dia, enquanto trabalhavam em seus laboratórios, já bem distantes um do outro, as criaturas que um dia criaram se rebelaram e atacaram os dois. Harrington adorava animais, e criou os Vampiros, os Lobisomens e os Enimagos. Já Stuwfelds gostava mais das plantas, e ele criou os Elfos, Magos e Bruxos. Magos e Bruxos não pertencem necessariamente do mundo das plantas, mas em quase tudo que faziam, como por exemplo poções, usavam plantas. Os mundos não se tornaram inimigos, com exceção dos Vampiros e Lobisomens, mas as escolas sim. É entre elas que estava tendo a guerra. E Stuwfelds estava atacando Harrington, que estava ganhando por pouco. Vampiros e Lobisomens ficavam na linha de frente, abatendo todos que caíam. Bruxos iam mais atrás, lançando feitiços no inimigo. Elfos e Enimagos iam por último, se transformando em animais e criando barreiras de plantas super densas como escudo para eles. Era a melhor tática que tinham. A batalha estava grande, em seu auge, e quando viram, todos os inimigos mais fortes tinham sido exterminados. Terminado isso, todos se dirigiram para a praça pública, e foram comemorar:
-Conseguimos vencer uma das muitas batalhas que travamos! Vamos comemorar! – disse Jogorrot, o atual administrador de Harrington.
-Bom, podemos voltar pra casa agora e terminar de treinar vocês! – avisou Esmeralda.
-Sim, vamos.
Assim, todos voltaram para casa. Já eram mais de 10 horas da manhã quando chegaram. Maria estava chorando e Luís andava de um lado ao outro, aparentemente muito nervoso e Isadora e Eduardo ainda estavam dormindo, pois tiveram um dia cheio de trabalho.
-Mãe, pai! Chegamos!!!!
-Meus filhos! – disseram Luís e Maria ao mesmo tempo abraçando os dois – Onde vocês levaram eles? Como tiveram coragem?!
-Calma. Nós só levamos para onde falamos. Para a guerra. Harrington foi atacada, mas vencemos. – disse Felipe – O único problema realmente é que estamos com fome, pois não comemos a dois dias.
-Bom, se assim foi e eles estão bem... comida tem na geladeira. Podem se servir a vontade.
-Puxa, obrigado! Vamos gente! – disse exaltada Zilda.
-Rodrigo e Max, os dois venham aqui!
-Sim mãe... pode falar!
-Bom, vocês agora são diferentes. Você é um vampiro, e você um lobisomem. Sabem muito bem o que comem e sabem que não devem fazer mal nenhum a ninguém. Vocês agora tem mais responsabilidade que os outros, pois têm que controlar a fome de vocês para não atacarem ninguém. Nossa... meus grandes meninos. Um mais lindo que o outro. Espero que essa vida seja boa para vocês. Bom, devem estar com fome, não é? Lucas comentou que os Vampiros e os Lobisomens estavam na frente, sugando a devorando todos os inimigos que caíam, mas vocês não ficaram lá, por serem inexperientes. Bom, chamem Julius e Gregory para irem caçar. Voltem bem alimentados e não deixem ninguém ver vocês.
-Pode deixar mãe! Vamos Max!
-Vamos!
Assim chamaram Julius e Gregory, que saíram como foguetes pela janela. Logo depois de satisfeitos, todos saíram da cozinha.
-Bom – começou Lucas – acho que já podemos ir em bora, não é gente?
-Sim. Mas as crianças não completaram seu treinamento. Se pararem agora eles não se acostumarão e será péssimo a eles. Temos que pensar em algo.
-Bom, ele podem ir pra casa junto conosco...
-Casa? Que casa? – perguntou com espanto Maria, já pensando que teria que se separar de seus filhos.
-A nossa casa. Nós moramos juntos, e trabalhamos como gente normal. A cidade não fica muito longe daqui. Talvez umas 4 horas de carro, mas com um feitiço de Zilda, chegaremos lá imediatamente. Talvez uns meses sejam suficientes para eles.
-Uns meses? E os estudos? Eles já perderam uma semana de aula!
-Bom, quando se é de um dos mundos, digamos que tudo que eles precisariam saber eles já sabem. Matemática e Português eles não vão ter problemas em nada. Agora só falta vocês deixarem eles irem – terminou Julius.
-Quantos mêses para eles voltarem? – perguntou Luís.
-Talvez 3, se aprenderam rápido. – disse Felipe.
-Nossa. Muito tempo... mas se isso for o melhor pra eles, eu deixo.
-Concordo. Podem ir. Eu quero que essa vida seja a melhor pra eles. Mas a casa é grande pra eles?
-Sim. É bem grande sim – disse Zilda orgulhosa.
-Posso fazer uma pergunta a vocês? – indagou Gregory, depois de uns segundos de pausa. - Alguma criatura vestindo preto, com uma foice na mão veio visitar vocês ontem de noite?
-Sim. Era a morte. Ela veio nos visitar. Digamos que somos amigos dela. Ela vinha nos visitar as vezes quando éramos crianças. As vezes é chato saber que o que tira a vidas das pessoas é sua amiga, mas você se acustuma.
-Nossa... intrigante, e bizarro! Bom, os meninos vão ter que levar todas as roupas e o que mais quiserem, certo?
-Claro! Anda, vamos arrumar as malas! – Disse Cristina.
E assim, todos foram e arrumaram as malas, menos Max e Rodrigo, que tinhan ido caçar. A despedida foi grande, Maria até chorou. Para não ficarem preocupados, Luís e Maria disseram a seus companheiros que as crianças saíram para uma viagem a escola, e foram avisados um dia antes e não tiveram tempo de falar com eles. A viagem duraria 3 meses, e eles viajariam por vários países. Os pais não se preocuparam muito, pois acreditaram na versão de Maria e Luís.
Quando Max, Rodrigo, Gregory e Julius chegaram, foram imediatamente avisados que iriam partir por um tempo. Eles correram até seus quartos, e em instantes estavam de volta a sala de estar com as malas prontas. Enfim, quando todos se reuniram, Zilda pronunciou alguma palavras em Grego, a antiga língua, mas não saíram do lugar. Ela achou estranho, e pediu ajuda a Felipe.
-Felipe, pode me ajudar? Eu acho que gastei muita energia na guerra e agora estou fraca. Vamos tentar falar juntos , ok? Quem sabe funciona!
-Sim, claro! Vamos tentar!
E assim pronunciaram novamente as palavras em Grego, mas não conseguiram. Zilda estava abismada com aquilo, e repetiu várias vezes, mas acabou desistindo.
-Eu acho melhor irmos de carro. É mais longa a viagem, mas pelo menos vamos chegar lá!
-Não zombe de mim, vampiro idiota! Eu não tenho culpa do feitiço não ter funcionado!
-Ahã, claro que não tem... – terminou dizendo Julius, em tom de gargalhada.
-Vamos ter que alugar um... isso vai ser um problema... – disse Felipe.
-Eu posso levar vocês na caminhonete. O que acham? – disse Luís.
-É uma ótima idéia! Mesmo o meu feitiço não funcionando, vamos chegar lá!
-Bom, então vamos lá!
Todos se arrumaram na enorme caminhonete, colocando cada mala estratégicamente para que sobrasse mais espaço. Assim, um pouco espremidos, lá foram, com Felipe no banco do passageiro explicando a Luís por onde ir. Quatro horas depois, todos estavam famintos, mas enfim chegaram a casa. Ficava em uma pequena cidade chamada Paraty, no extremo sul do Rio de Janeiro, perto do Vale do Paraíba e da fronteira de São Paulo-Rio. A casa mais parecia uma mansão. Havia 2 piscinas do lado de fora, um campo de futebol, um de tênis, dois de golfe, um de basquete e uma grande estufa, que, logicamente, deveria estar até o teto cheia de plantas e até pequenos animais, graças as poderosas habilidade com a natureza de Esmeralda. A casa em si era grande, haviam 10 janelas na horizontal e 3 na vertical. A casa deveria medir dez metros de altura, e mais cinquenta de largura. Todos saíram da van, pegaram suas malas e se dirigiram para dentro da casa.
-Muito obrigado pela carona, Luís! Sabe como voltar, não é?
-Sei sim, Felipe. Não se preocupe! Bom, é melhor eu voltar antes que Maria fique preocupada, não é?
-Claro! Boa viagem então!
Luís se despediu de seus filhos e retornou para casa. Mal sabia ele que no meio do caminho seria atacado e morto por...
As crianças logo se arrumaram em seus quartos, cada um com um quarto. Felipe, que além de mago muito experiente era o cozinheiro da casa, chamou todos para comer.
-Hey! Venham comer!
Em questão de segundos todos estavam na mesa, com exceção dos vampiros e dos lobisomens, que, chegando lá, viram o enorme prato de panquecas sobre a mesa, mas pouco se interessaram.
-Felipe, nó vamos saír pra caçar. Acho que vamos demorar, por que a gente ta com muita fome. Eu pelo menos vou caçar algumas vacas, de tanta sede!
-Está bem. Comam muito bem, aliás, se estufem! Assim que voltarem eu quero vocês meuito bem alimentados, por que nós vamos começar o treinamento. E vai ter muito sangue. E não quero vocês parando no meio de tudo pra ficar bebendo aquele troço nojento...
-Pode deixar! Vamos! – disse Rodrigo apressado.
-Felipe, não acha melhor nós iniciarmos os treinamentos amanhã de manhã? As crianças devem estar cansadas, e enquanto isso, podemos ensinar as partes teóricas dos mundos, para não ficar chato. – sugeriu Esmeralda.
-Bom, é uma boa idéia...
-Ótimo! Então vamos começar amanhã as sete da manhã em ponto! – disse Lucas pegando a ultima panqueca.
-Enquanto isso, a gente poderia fazer algo legal... podemos passear na floresta e...
-Nem pense nisso! – interrompeu Zilda – Você quer virar jantar de vampiro? Não ouviu o que ele disse? Minha querida, eles estão famintos. Para vampiros, isso é normal. Se você chegar perto, eles podem te confundir com uma presa e sugar você até a morte. Vamos pensar em algo melhor, certo?
-Oh, claro! Não havia pensado nisso. Obrigado pelo aviso!
-Nós podemos nadar... tá um calor tremendo!
-Ótima idéia! Quem chegar por último vai lavar a louça! – dizendo isso, Felipe saiu em disparada pela cozinha. Chegou lá primeiro que todos, já cantando vitória. Os outros chegaram depois, mas quem ficou de lavar a louça foi Lucas, que estava na sala, e quando ouviu, saiu em disparada, mas mesmo assim chegou em último.
-Seu bando de bobos! Está bem! Eu lavo a louça! Humpf! Mas só depois de nadar!
Assim que terminou de dizer, deu um mega pulo na água e várias ondas se formaram, muitas até chegaram a passar da borda da piscina.
Os vampiros e os lobos voltaram da caçada, rindo e com a boca toda suja de sangue. Julius estava praticamente todo lambusado do líquido vermelho, assim como Rodrigo. Já Max e Gregory estavam parecendo que haviam comido muito bem. Eles não fizeram barulho. Na verdade, quiseram dar um susto muito grande nas meninas e em Felipe, como já haviam combinado. Eles aproveitaram um momento de desatenção dos nadadores, tiraram as camisas e entraram na água sem fazer nenhum barulho. Mergulharam e foram em direção as meninas e a Felipe, que estavam de costas pra eles. De repente, eles pegaram no pé do quarteto e se ergueram da água dando gritos altíssimos. As meninas começaram a gritar muito alto e Felipe começou a chutar a água, em vão. Os vampiros e os lobos começaram a rir muito alto, e estavam quase sem fôlego quando Felipe disse:
-Seus bobos! Olha o que fizeram com as meninas! Deixaram elas assustadas!
-Hahahahahahahahaha! E vocês nem um pouco né Felipe?
-Ora pois! Agora vão ver! - Dizendo isso, Felipe começou a nadar atrás deles, que sumiam como torpedos na água.
-Está bem! Agora chega! Vocês que me aguardem, vamos pagar com a mesma moeda! Não é meninas?
-Pode apostar! – disseram elas em uníssono.
Todos se divertiam muito, até que começou a anoitecer. Eles ainda quiseram ficar mais na água, mas Esmeralda falou:
-É bom nós irmos dormir, por que vamos levantar cedo amanhã!
-Vamos, então.
Todos foram dormir. Quando Lucas estava terminando de lavar a louça, parte do trato que fizera, o telefone tocou.
-O que? Como? Animal? Sem sangue e com partes do corpo faltando? Meu Deus! Certo, já vou chamar eles!
Com dor no coração, Lucas subiu as escadas até os quartos onde as meninas estavam e falou para cada uma:
-É melhor você ir atender o telefone. E-eu... sinto muito...
Todas correram, até que Ana atendeu:
-Meu pai? O que aconteceu com ele? Não!!! Diga que é mentira! Não!!!!! – Ana caiu de joelhos no chão e pôs-se a chorar.
-O que foi mana? O que aconteceu com papai? – perguntou Victória.
-E-ele... morreu!
-O que? Não! Não pode ser! Como?
-Falaram que um urso o atacou. Nele não havia sangue algum e algumas partes do corpo estavam faltando... meu Deus! Como fizeram isso com ele? Por que?
-Calma. Nós só podemos rezar.
-Não foi QUEM matou seu pai. Mas sim o QUE matou ele. Talvez um vampiro ou um lobisomem. É bem provável. Anda, vamos dormir. Não podemos fazer mais nada por hoje. Me disseram que ele havia morrido na Dutra, onde quase não passam carros. É melhor nos acalmarmos. Vou ligar pra sua mãe e avisa-la. Vamos. – Disse Lucas com a sabedoria de alguém com muitos séculos de vida.
Todos foram dormir, muito abatidos com o que havia acontecido, e as meninas não paravam de chorar. Este foi o pior dia da vida das irmãs.