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Infância Corrompida

Infância Corrompida - Parte 1



Três meses atrás...

- Você está aí há muito tempo? – Chuck perguntou, agarrando a mão de Emily e puxando-a para a fila dos ingressos.
- Não muito. Eu sempre chego 10min depois do combinado, sabe. Eu sei que você vai chegar atrasado. – ela sorriu.
Chuck puxou a manga do casaco, olhando o relógio de pulso do Homem-Aranha.
- Droga, 15min. Mas isso é cruel. Você não confia em mim?
Emily pensou um pouco teatralmente e depois disse:
- Não. – e sorriu.
- O.k., quando sairmos de novo, eu vou chegar antes de você.
- Anotado. – ela piscou. – Vou cobrar.
- Próximo! – chamou o atendente.
Emily e Chuck encaminharam-se para o balcão.
O cinema estava vazio. Dois adolescentes namorando em um canto, dois casais na fila, o atendente e um guarda dormindo em uma cadeira, com os pés em cima da mesa a sua frente. O motivo? Eram 23h30min.
Chuck tinha fobia social, o que o impedia até mesmo de comer em restaurantes. Ele nunca ia a lugares lotados.
- Dois para Resident Evil 4. – disse Chuck baixinho ao atendente.
- Como?
- Resident Evil 4? Eu queria outro. – disse Emily, fazendo biquinho.
- Qual?
- Sei lá, um sem sangue de preferência.
- Você e Leslie sempre escolhem o filme. Por favor. – ele implorou. – Zumbis em 3D, Emily!
- O.k, o.k. Dois para Resident Evil, por favor. – Emily disse ao atendente, que batia o pé, impaciente.


- É, foi bom. – disse Emily, enquanto eles saiam da sala do cinema.
- Bom?! – Chuck arregalou os olhos. – Foi perfeito!
- Sim, eu vi você desviando dos zumbis. – ela riu.
- É assustador em 3D. – ele arregalou os olhos teatralmente.
Os dois riram.
Era tão fácil ser ela mesma com ele, pensava Emily com freqüência. Era tão fácil sorrir, ser feliz.
- Você não devia ter pego isso, sabia? Não pode. – Disse Emily, já no carro, enquanto Chuck dava a partida.
Ele tinha um óculos grande e com lentes coloridas pendurado na camisa quadriculada.
- Se ninguém descobrir, eu posso. – ele sorriu de lado. – Você devia fazer coisas erradas às vezes, Srta. Certinha. – ele zombou.
- Srta. Certinha! – ela bufou. – Eu não sou assim.
- Passar do limite de velocidade não conta. – ele a olhou de canto. Estava divertindo-se. – Estou falando de perigo, adrenalina.
- Eu estou bem assim. Sério.
- Tanto faz. – ele se calou. A conhecia há cinco anos. Sabia que calar-se a deixaria curiosa. Assim como sabia que a curiosidade era um de seus pontos fracos.
Ela agüentou por 15 segundos.
- Certo, e de que adianta correr perigo?
- Você vive. A vida faz mais sentido. Você já desafiou as regras?
 - É claro que já! – disse Emily, mas não tinha tanta certeza disso.
- Me dê um exemplo.
- Eu não preciso provar nada a você.
Eles ficaram em silêncio por alguns segundos, então Chuck rendeu-se.
- Relaxa, eu só gosto de deixar você irritada. Você fica sem palavras e isso não acontece com muita freqüência.
- Bem, você conseguiu. – disse Emily, cruzando os braços e olhando para as lojas que passavam correndo por eles.
Ela corou, sentindo o olhar de Chuck em seu rosto.

                                       * Um fato importante *
                             Emily e Chuck não eram namorados.
                                       Embora Chuck quisesse.