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  • O Sanatório
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  • Stop Motion
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    Apenas um desenho...
    Até que ponto um simples desenho é inocente? Existem coisas macabras no mundo, e este vídeo certamente é uma dessas coisas. Confira! Leia Mais...

Ouija, o jogo

Ouija, o jogo - Parte Final



Ellen, você está bem... mas como? ― perguntei.
Ué, sempre estive bem, por que, Michael? ― perguntou-me.
Lúcifer disse que você havia sido atropelada e estava muito mal. ― respondi.
Ela riu e Gabriel falou:
Michael, esqueceu-se que o diabo é o pai da mentira? ― perguntou-me Gabriel.
Assenti com a cabeça.
Mas, ele foi tão convincente... ― disse.

Minha mãe disse:
Querido, ele tem um poder de persuasão fora do comum, acho que você percebeu isso, não é verdade? ― falou-me.
Era verdade, pensei.
Ele te fez pensar isso, para você cair no truque dele e trocar a sua alma. Você teria um motivo muito forte: salvar a sua vida e a da sua amiga. ― disse Gabriel.
Mas, Ellen, como você entrou aqui sem que ele notasse? ― perguntei a Ellen.
Ah, não foi difícil, mas claro a ajuda do Gabriel foi essencial. ― respondeu-me.
Criei uma proteção em torno da Ellen e isso impediu que os demônios a enxergassem. ― disse Gabriel.
Mas como você sabia da caixa? ― perguntei a Ellen.
O Gabriel me contou a respeito, por isso me pediu para que entrasse caso alguma coisa desse errado. ― respondeu-me Ellen.
Onde você estava quando correu daqui naquela hora? ― perguntei.
Do lado de fora, tentei encontrar ajuda, mas ninguém acreditava em mim. Quando quis entrar novamente, encontrei o Gabriel do lado de fora e ele me explicou tudo. ― disse.
Pera aí, o que você é Gabriel? Um espírito ou algo do tipo? ― perguntei.
Não, sou um Anjo, Michael. ― respondeu-me Gabriel.
Que demais! Aquela noite seria inesquecível! Convivi com demônios e com um anjo hiper-legal! Só não entendia como ele e minha mãe se conheciam. Aline estava esta quieta o tempo todo. Pedro, João e Guilherme nos lançavam olhares de dúvidas, eles não conseguiam ver Gabriel, mas sabiam que ele estava ali. Depois de tudo que aconteceu naquela noite, tudo era possível. Gabriel olhou para Aline e disse:
Criança, você consegue me ver, não é? ― perguntou-lhe.
Aline assentiu com a cabeça. Minha mãe olhou para Gabriel e lhe perguntou:
Como é possível Gabriel? ― perguntou-lhe minha mãe. ― Sei que a Ellen lhe vê, pois você assim o quis, porque precisamos dela. ― disse.
Ela é especial, Julia. Ela tem um dom. ― respondeu Gabriel.
Um dom, pensei. Tentava imagina que dom era aquele que Gabriel falara. Mas enfim, isso fica pra outro dia. Olhei para o relógio e já eram 23:40h. Nós nos levantamos e fomos para a cozinha. Minha mãe fora preparar um café para tomarmos. Voltei a pensar de onde minha mãe conhecia o anjo Gabriel. Perguntei:
Mãe? ― falei.
Sim, querido? ― respondeu-me docemente.
Dá onde você e o Gabriel se conhecem? ― perguntei.
Ela e Gabriel se entreolharam, ela soltou um suspiro e disse:
Ah, querido. Longa história... não acha que já viveu coisas de mais por uma noite? Outro dia eu te conto, está bem? ― respondeu-me taxativa.
Não gostei daquela resposta, queria saber logo, eu era muito curioso. Minha mãe serviu o café à todos. Nesse instante ouvimos um barulho na porta e fomos até a sala, lá estava meu pai com minha mãe! Oras, minha mãe? Será que havia uma irmã gêmea que eu não conhecia? Apertei os olhos e vi a expressão de espanto do meu pai ao ver a minha mãe (original) do meu lado.
Querida? Espere... quem... ah... ― perguntou confuso.
Nesse instante o clone, ou sei lá o que, se desfez como num passe de mágica na nossa frente. Minha mãe sorriu para meu pai e foi até o seu encontro, deu um beijo nele e voltamos todos para a cozinha. No caminho meu pai conversava com o Gabriel, como se fossem amigos que não se viam há muito tempo. E era isso que me deixava mais curioso. De onde eles se conheciam, questionava-me.
Mãe? ― falei para minha mãe.
Sim, querido? ― respondeu-me
Que dom é esse que a Aline tem? ― perguntei.
Michael, como já eu lhe falei, isso fica para outro dia, ok meu bem? Já estamos muito cansados e vivemos muita coisa por um só dia. E acredite: a história é longa. ― respondeu-me.
Que horas são? ― perguntou minha mãe a meu pai.
Ah, deixe-me ver... ― respondeu, olhando para o relógio de pulso. ― São 23:51h. ― disse.
Minha nossa! Já está super tarde. Já é hora de vocês, crianças, irem para casa. ― falou minha mãe.
Todos assentiram.
Gabriel? Será que você pode levá-los em segurança para casa? ― perguntou minha mãe.
Claro. ― respondeu.
Todos se levantaram e foram até a sala, vi que minha mãe falara alguma coisa no ouvido de Gabriel. Ele assentiu com a cabeça. Todos fizeram um círculo na sala, Gabriel pronunciou algumas palavras em latim (acho), as luzes piscaram e depois de um minuto eles desapareceram. Inacreditável! Muito legal aquilo. Tele-transporte angelical.
Eles não irão se lembrar de nada, querido. ― disse minha mãe.
Por quê? ― perguntei.
É melhor para eles, querido. Isso tudo é muito confuso, acredite, é melhor não se lembrarem de nada. ― respondeu-me.
Concordei com ela. Estava muito cansado para conversas longas. Despedi-me de todos e subi para meu quarto. Chegando lá, fui ao banheiro e tomei um bom banho quente, depois coloquei meu pijama e me deitei. Fiquei ali pensando em tudo que aconteceu e nas respostas que ainda ficaram pendentes, mas sei que elas serão respondidas em outro momento. Disso não tinha dúvidas. Olhei no relógio e já eram 23:59h, me virei e fechei os olhos. 00:00h. Adormeci.

FIM...?


P.s: Tudo naquela noite havia sido novo para Michael e seus amigos, mas para seus pais, fora só uma continuação de algo que aconteceu anos atrás. Seus amigos não se lembraram de mais nada, com exceção de Aline, pois como Gabriel falara: ela é Especial. Sua memória estava intacta. Isso de alguma forma poderia ser um risco para ela, pois as lembranças poderiam perturbá-la. As respostas pendentes serão respondidas em outro dia e Michael não vê à hora desse dia chegar.