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Infância Corrompida

Infância Corrompida - Parte 4



- Ah – Emily suspirou. – Pensei que fosse pior.
Ele já havia ido para o hospital antes e sempre voltara. Seria assim dessa vez. Não seria?
- Na verdade é pior. Os médicos disseram que não sabem o que fazer. Não estão nem um pouco otimistas, disseram que ele tem apenas 25% de chances de sobreviver. Talvez apenas cinco ou sete dias se eles não descobrirem o que é.
Emily não conseguiu falar depois disso. A única coisa que conseguiu foi chorar. Lágrimas escorriam pelo seu rosto. Sua mãe a abraçou e pegou o telefone.
- Depois você fala com ela, ok? – Anne disse ao telefone e desligou.
- C-como? – Emily conseguiu soluçar.
- Algum tipo de bactéria, eles acham. Estão fazendo testes ainda. – Disse Anne, beijando o topo de sua cabeça.
Emily nunca tinha se preocupado realmente com isso. Seu avô era uma pessoa que não se podia imaginar morta. E ela nem queria. Não conseguiria, de qualquer modo.
Stephen era seu segundo pai; ou talvez o primeiro. O pai divertido, compreensivo e inteligente que ela nunca teve. Seria impossível dizer adeus.
Ele fora o único que cuidara dela quando a única coisa com a qual os pais se preocupavam era o divórcio e como isso iria afetar a vida de Emily. Foi o único que manteve os olhos na pessoa certa quando tudo aconteceu; o único a desconfiar da pessoa certa, quando todo mundo estava impressionado com a delicadeza e gentileza do irmão.
Emily nunca lhe contara a verdade, mas tinha a impressão de que ele sabia.

A noite chegou e Emily dormiu chorando como uma criança que acaba de descobrir a morte.
Leslie adentrou o quarto puxando as cobertas para o chão e fazendo Emily acordar.
- O que você quer? – perguntou Emily mal-humorada, cobrindo o rosto inchado e avermelhado com os braços.
Emily já esperava por Leslie depois que se recusou a ir à aula.
- Levanta dessa cama. – Dizia Leslie enquanto abria as cortinas. – Seu avô não morreu.
- 25% Leslie, sabe o que isso significa? 75% de chances de ele morrer.
- Por que você pensa no pior?
- Por que a vida é assim, não te disseram isso não?
-Pense nos 25%, não nos 75%. – ela sentou-se na ponta da cama com um olhar triste – Nós vamos lá vê-lo, para provar que ele não morreu.
- Não, Leslie, por favor. Eu não quero lembrar dele doente, quero lembrar dele são e não cheio de tubos.
Leslie a ignorou.
- Levanta e troca de roupa; rápido.

- Não sei o que eu estou fazendo aqui, sinceramente. – Disse Emily.
As duas caminhavam pelos corredores brancos do hospital. O branco, usado para acalmar, tinha o efeito contrário, trazendo a Emily uma sensação de perda já conhecida. Se trocassem a cor por preto, Emily nem notaria. O hospital inteiro tinha cheiro de morte. Ou seria só a imaginação de Emily?
-295... 296... – Leslie ia procurando o quarto.
- Esquece, já achei. – Disse Emily, quando avistou sua avó e tia uns metros à frente.
Sua avó apertou sua mão e sua tia a abraçou, ambas sem dizer nada.
Sua avó, de 83 anos, talvez nem soubesse porque estava ali ou quem era Emily. Sua aparência indicava sua idade e talvez um pouco mais. Seu olhar era vazio e triste.
Já sua tia, pouco se importava com o que estava acontecendo ali. Sua tia era esse tipo de pessoa. O tipo que não se importa. A  única pessoa com quem ela se preocuparia se estivesse morrendo ali seria ela mesma.
- 306. – disse Leslie, empurrando Emily para dentro do quarto.
Emily virou para xingar Leslie, mas a porta já havia se fechado, dando-a uma sensação claustrofóbica.