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    O Sanatório de Waverly Hills
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  • Stop Motion
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    Apenas um desenho...
    Até que ponto um simples desenho é inocente? Existem coisas macabras no mundo, e este vídeo certamente é uma dessas coisas. Confira! Leia Mais...

Ouija, o jogo - Parte V

Ouija, o jogo - Parte V



O quê?!? ― falei atordoada com a informação. ― Isso não pode acontecer! ― falei. ― Gabriel, temos que entrar agora! ― disse.
Vocês, crianças, dividam-se. ― falou Gabriel para as crianças. ― Aline e Pedro entrarão pela frente, João e Guilherme pela porta dos fundos. ― disse novamente Gabriel, instruindo todos. ― Você, Julia, esperará meu sinal para entrar. Corra diretamente para o local onde está enterrado a Kalépsia. ― instruiu-me Gabriel.
Certo. ― disse a Gabriel.
Quando ia repetir o que Gabriel falara, Aline me repreendeu:
Eu já ouvi, D. Julia. ― falou-me calmamente.
Você me vê, criança? ― perguntou Gabriel a Aline.
Claro. Você e todos os demônios aqui. ― respondeu calmamente Aline.
Olhei para Gabriel e ele também não entendia como Aline conseguia vê-lo. Só pessoas especiais conseguiam. Espere, então, Aline era especial de alguma forma. Mas não entramos nesses detalhes. Fomos direto ao que fora planejado. Aline passava as instruções aos outros do grupo. Antes, eles olhavam para nós como se estivéssemos loucos, achavam que estávamos falando sozinhos. Não viam Gabriel.
Vamos? ― falou Aline a todos.
Todos foram para suas posições que fora determinada anteriormente. Eu e Gabriel ficamos do lado de fora, do outro lado da cerca escura. Aline e Pedro posicionaram-se como dois maratonistas em uma pista de atletismo, contaram até três e entraram correndo. Eu tinha que ser rápida. Via os vultos correndo atrás deles. Eu esperava a autorização de Gabriel.
Agora! ― autorizou Gabriel.
Corri desesperadamente até a parte direita da casa, aproximei-me da árvore que havia ali e comecei a cavar. Senti que a terra tinha sido mexida recentemente. E o pior acontecera: alguém pegou a Kalépsia. Lúcifer, pensei. Só poderia ter sido ele. Alguns dos seus demônios deviam estar me observando e avisou a ele sobre o local. Tentei correr de volta, mas já era tarde demais... Fui capturada por redemoinho escuro, atirou-me pelo chão com tanta força que desmaiei, quando acordei já estava dentro de casa ao lado do meu filho e seus amigos.
Mamãe, mamãe, acorde, por favor! ― falava desesperadamente. Por sorte, só foi um desmaio.
As coisas tinham sido difíceis na casa durante o período em que Lúcifer estava ali, no seu novo receptáculo. Fui bombardeado constantemente para aceitar a proposta da troca da minha alma. Mas resisti ferozmente. Lúcifer já estava enfurecido, ainda mais agora com a chegada da minha mãe e de todos os outros. Eles foram trazidos pelo mesmo redemoinho que outrora possuíra Aline. São demônios, pensei.
Solte a minha mãe e os meus amigos, seu desgraçado! Temos um acordo, esqueceu-se? ― falei enfurecidamente.
Você não dá as ordens aqui, criança. O acordo acabou. ― falou ferozmente.
N-não, ainda temos o acordo sim! ― falei, gaguejando um pouco.
Não preciso mais da sua alma. Terei a da sua mãe. ― falou-me olhando diretamente para minha mãe que ainda estava desmaiada.
Deixe ela em paz, seu desgraçado imundo! ― disse-lhe. ― Ela nunca vai aceitar algum acordo com você! ― falei.
Ele gargalhou um pouco.
Quem disse que farei acordo? Pegarei de qualquer jeito. A dela e a de todos os intrusos aqui. ― falou cinicamente
Minha mãe começara a despertar. Ela olhou nos meus olhos, tocou-me à procura de algum ferimento. Eu estava bem. Minha mãe olhou ferozmente pra Lúcifer e disse:
Deixe-os em paz. É a mim que você quer, não eles. ― disse minha mãe.
Não, Julia. Desta vez não será como da outra... ― falou. ― Eu dito as regras aqui. ― disse Lúcifer.
Eles não têm nada a ver com essa história, Lúcifer. ― disse minha mãe, em tom de súplica. ― Deixe-os ir e farei tudo o que deseja. ― falou.
Não estava entendendo nada! Os dois se tratavam com certa intimidade, e eu não gostava daquilo. O que havia acontecido no passado?
Mamãe... ― falei. ― Eu não vou deixar você aqui com esse sujeito! ― exclamei para minha mãe.
Querido... ― falou-me beijando a testa. ― Você não tem escolha, é preciso que isso aconteça, entende? ― disse minha mãe.
Não, não entendo. ― respondi rispidamente.
Amor, há certas coisas que nós não devemos questionar. E essa é uma dessas coisas. Não há espaço para questionamentos, ok? ― falou minha mãe.
Eu já sou grandinho demais para questionar e para decidir algumas coisas, não acha? ― falei.
Quer... ― tentava falar minha mãe, até Lúcifer a cortar sua fala.
Certo, chega desses momentos maternais! Ninguém sai daqui, já disse. ― falou Lúcifer.
Não sabia o que iria acontecer em seguida, nem o que tinha acontecido com minha mãe e Lúcifer antigamente, parece que eles tiveram algum tipo de enfrentamento, sei lá. Tentava de alguma forma pensar numa ideia de como poderíamos sair dali. Água benta, crucifixos etc. Acho que isso era pura ficção que só funcionava nos filmes e séries. Deveria ter outra coisa.
Há alguma coisa que possamos usar para derrotá-lo, mãe? ― perguntei baixinho próximo ao seu ouvido.
Tinha querido, mas alguma coisa o pegou. ― respondeu-me.
Quando minha mãe acabara de falar comigo, Lúcifer retirou do bolso do sobretudo preto uma caixa preta, que de suas laterais se percebia um brilho intenso. Imaginei o que seria, mas nada vinha na minha cabeça. Minha mãe olhou assustada para a caixa e ao mesmo tempo com um ar de desapontamento.
Era isso que você estava procurando, Julia? ― falou sarcasticamente Lúcifer. ― Não, definitivamente, não será dessa vez que vai usá-lo contra mim. ― disse.
Minha mãe engoliu seco.