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  • Pacto de Ódio
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  • Creepypasta
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    O Sanatório de Waverly Hills
    Um grupo de estudantes de paranormalidade resolve explorar o sanatório mais assombrado do mundo. Você tem coragem para ver o que aconteceu a eles? Leia Mais...
  • Stop Motion
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    Apenas um desenho...
    Até que ponto um simples desenho é inocente? Existem coisas macabras no mundo, e este vídeo certamente é uma dessas coisas. Confira! Leia Mais...

A Rua da Desgraça e outras Desventuras

A Rua da Desgraça e outras Desventuras V



Nota de início: Caro leitor. Este conto é totalmente fictício, e tem como objetivo entreter você. Não leve em consideração qualquer menção a religião, fato, especulação ou acontecimento ao decorrer deste conto. Não há pontos verídicos nele, e qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.


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Eu ainda não acredito! Não é possivel! Meu tio morreu! Certo, certo... não era meu tio de sangue, mas o amor era o mesmo! Minha mãe sempre gostou de Luís, pois sempre tinha sido seu melhor amigo! Agora ele está em um caixão! Morto! Atacado por um animal... “não podemos abrir o caixão, pois a cena é muito feia. Quase que um dos ajudantes vomitou quando viu o corpo. Meus pêsames.” . Foi essa a resposta do funcionário do necrotério. Eu não poderia ver meu tio, pois ele estava todo desfigurado. Ainda não me conformo. Mas eu tenho minhas suspeitas.
Muito suspeitas. Meus primos, pelo menos dois deles, são extremamente estranhos. Rodrigo está pálido demais, quase branco e Max está crescendo muito depressa a cada dia. Isso não é normal! E os outros então! Nunca vi gente mais estranha. As meninas falam línguas esquisitas, e Henrick sente cheiros que eu nunca consegui sentir. Tem algo de anormal nisso. E eu vou descobrir, ou não me chamo Rafael! Eu sempre soube desvendar os casos mais estranhos que alguém pode imaginar... sempre fui um curioso de plantão. Agora, o que me resta a fazer é observar meus primos e tentar dar um ombro pra algum parente chorar. Realmente, foi tudo muito triste.
Eu tive uma idéia... eu nunca dormi na casa dos meus primos... se eu pedir para eles, quem sabe se.... isso! É uma ótima idéia! Se eu dormir na casa deles, vou descobrir muito mais do que preciso pra saber o que acontece realmente com eles.
O enterro acabou. Ainda não é a hora perfeita. Todos estão muito abalados... talvez daqui a uma semana, tia Maria já vai estar melhor. Mas se eu não pedir agora, eles podem não deixar, por que eu sei que eles estão em uma outra casa, não viajando como me disseram. Acham que eu sou bobo. Bom, vou arriscar. Tia Maria sempre quis o melhor pra mim, então ela talvez não me negue isso. Vou tentar.
-Tia Maria! Posso falar com a senhora?
-Claro, querido. O que quer? – disse ela enxugando algumas lágrimas.
-Bem, eu sempre quis dormir na casa dos meus primos, me divertir com eles, já que nunca tive essa oportunidade eu achei que pedir agora seria melhor do que depois... eu posso dormir na casa deles?
-Claro, meu amor! Como recusaria isso a você? Mas venha aqui. – tia Maria me levou para um canto longe das pessoas, e começou a sussurrar. – Eles estão em uma outra casa, não na minha. Por isso, você tem que pedir a ele. – ela apontou um cara alto, muito pálido e de olhar muito triste. – ele que é um dos donos da casa onde as crianças estão. Se você quiser, peça para ele, com certeza ele vai deixar. Ele é um ótimo rapaz!
-Obrigado tia! Muito obrigado! Mas me diga: por que eles estão em outra casa? Em dia de semana?
-Ah, isso é por que... meu Deus, me ajude. Não tem como esconder mais. Olhe Rafael, peça para aquele cara que eu te mostrei. Quando você chegar na casa, vai perceber tudo e ver o que realmente acontece. Mas veja bem! Quando você descobrir o que realmente acontece, não poderá contar a ninguém! Absolutamente ninguém! Me prometa isso, certo?
-Sim tia! Eu prometo! Mas... deixa eu ver... Rodrigo está mais pálido que uma nuvem... Max está mais alto do que nunca... bom, eu ainda não sei, mas vou saber... muito obrigado tia!
Agora eu só preciso pedir para aquele cara estranho... ele me da medo... mas deve ser normal. Bom, vou tentar!
-Olá.
-Oi.
-Você é o Julius, não é?
-Sim. Sou eu mesmo!
-Muito prazer! Meu nome é Rafael! Sou primo deles. É... eu falei com a tia Maria, e pedi pra ela se eu poderia dormir na casa dos meus primos... ela falou para falar com você, pois disse que você é o dono da casa onde eles estão... posso? – finalmente terminei de falar o argumento mais interessante que achei... poderia ter sido mais criativo, mas eu resolvi ser o mais natural e convincente possível.
-Eu acho melhor não... as crianças estão... éee... quer dizer... bem, elas estão ocupadas com um grande trabalho...
-Ah... tudo bem... tia Maria disse que mesmo se eu descobrisse o segredo eu teria que ficar de boca fechada... – terminei de falar como quem não quer mais assunto. Ele me olhou como se eu tivesse descoberto um mega segredo...
-Venha aqui. – ele me levou para mais longe das pessoas, perto de uma grande árvore. – O que você sabe sobre o segredo?
-Bom, ainda nada. Mas tia Maria disse que eu ia, uma hora ou outra, saber de tudo.
-Certo... neste caso você pode ir... vamos ver no que vai dar!
-Obrigado! Quando partimos?
-É só o tempo de você arrumar suas coisas e irmos!
-Está bem! Me encontrem na casa da tia Maria em uma hora. Estarei lá. Tudo bem para você?
-Claro! Tudo... bem.
Eu achei ele meio estranho e depois que eu fui perceber que ele estava prendendo a respiração... bom, agora preciso ir pra casa. Chego lá em 15 minutos, se o trânsito ajudar. Se não, em 30. Depois é só o tempo de voltar pra casa da tia e finalmente vou descobrir esse grande segredo.
Pronto. Minha mala está pronta. Tenho todas as roupas que eu preciso, roupas de frio e calor, um baralho, livros, meu caderno de anotações... sim, acho que está tudo certo. Agora meu pai tem que me levar para a casa da tia Maria. Tenho mais 40 minutos.
-Pronto pai! Podemos ir! Mãe, tchau! Te amo muito!
-Eu também filho! Vai com Deus!
-Fique com ele mãe.
-Vamos lá filhão! Aliás, quando você volta?
-A, não sei. Essas férias da escola foram muito boas. Três meses serão ótimos! Vou passar lá quanto tempo der.
-Isso filho. Aproveite bem. Faz tempo que você não viaja.
Chegamos lá em silêncio. Julius já estava no portão, mesmo ainda faltando cinco minutos para o término do prazo.
-Olá Julius. Podemos ir?
-Claro! Vamos!
Eu entrei no carro preto que ele estava dirigindo. Assim que entramos na Dutra, percebi que íamos para o Rio, e também que duas viaturas estavam atrás de nós.
-Aperte o cinto. Vamos correr um pouco!
Ele pisou fundo no pedal. Eu não acredito! Estou com um louco! O ponteiro do velocímetro não conseguia ir mais longe! Estávamos a trezentos por hora! Bom, as viaturas iam ficando para trás, junto com São Paulo. Algumas horas se passaram, até que chegamos um uma grande casa. Tinha piscina, quadras, uma floresta e era enorme! Eu peguei minha mala, que estava super pesada, e entrei. Maravilhoso. Essa foi minha opnião. Até que, alguns minutos depois, Julius disse:
-Desculpe ter sido grosso com você. Era preciso. Eu nunca me superei assim. Você tem sorte de eu não ter te atacado.
-Sim. Eu já suspeitei. Você é um...
-Vampiro. Sim. A alguns séculos.
Os outros chegaram, inclusive meus primos.
-Oi, Rafael. Quanto tempo hein!
-Muito mesmo, Vic. Estou com saudades de vocês! – terminei dando um abraço bem forte nela.
-Oi Rafa! - disseram Ana e Cristina juntas – Que saudade de você meu priminho!
-Eu também estou com saudades de vocês! – dei um beijo na duas que depois foram para seus lugares.
Max e Rodrigo me olhavam com uma cara diferente. Rodrigo quase arreganhava os lábios para mim, e Max estava salivando. Eu axei estranho, mas fazer o que? Henrick veio me comprimentar, como bons amigos que éramos.
-Beleza irmão? Quanto tempo!
-Beleza... sim... muito tempo... o que está acontecendo com Max e Rodrigo? Eles estão estranhos...
Os dois olharam para mim como se tivessem feito algo errado. Eles me chamaram e sentei no sofá.
-Rafael, muita coisa mudou nestes últimos tempos. Nós... não somos mais os mesmos. Agora, eu sou um lobisomem e Rodrigo é um vampiro. Nós estamos tentando não te atacar, mas está difícil. Nunca atacamos humanos, por isso deve ser o cheiro bom.
-Bom, legal que eu tenha um cheiro bom, mas não quero virar a próxima refeição!
-Calma, não vai. Eles vão se controlar! – disse um cara alto, de olhos e cabelos negros. Parecia ser o tal Felipe.
Depois disso, eles me explicaram tudo que eu devia saber, e, por fim, Lucas disse:
-Agora que você sabe do segredo, tem que se juntar com um dos mundos. Humanos não podem saber do segredo sem participar dele.
-Eu não vou me juntar ao mundo de vocês. Não quero ser um vampiro, ou um lobisomem, um mago, bruxo, elfo ou um enimago. Não me interessam... mas eu gostaria de curtir com meus primos normais, não com meus primos pertecentes aos mundos. Foi por isso que eu vim pra cá...
-Bom, não vamos te forçar a nada. Se mudar de idéia, nos avise, ok? Só cuidado pra não virar almoço de vampiro hein...
Todos começaram a rir. Inclusive eu. Mas eu estava com um pouco de medo. Não sabia se iriam me atacar durante a noite ou se iam me transformar em algo. Bom, agora está muito tarde. É melhor eu ir dormir. Amanhã acho que vou ter um dia cheio. Claro, se até lá eu sobreviver.
Finalmente! O dia! O Sol! A natureza! O verde! Como eu amo tudo isso. E o melhor: aqui dava pra ver tudo. No meu quarto tinha uma grande janela, onde podia se ver o Sol logo de manhã. Eu juntei o máximo possível as cortinas, para não faltar nem um pouco de sol... e calor! Arrumei minha cama, minha roupa e fui tomar um belo banho, bem quente. Assim que terminei de me trocar, depois do banho, desci para tomar o café. Me surpreendeu que ninguém havia acordado. Estava tudo como na noite passada. Claro, eu não ia acordar meus amigos e meus primos, então resolvi fazer meu café. Olhei na geladeira, peguei presunto, queijo, requeijão, leite e o achocolatado. Depois peguei o pão de fiz meu café. Tentei sujar o mínimo possível, pois não estava no pique de lavar nada. Consegui essa proeza. Apenas uma colher, uma faca e um copo foram utilizados. Como era pouca coisa, resolvi lavar. Quando terminava, eu vi Rodrigo, Max, Gregory e Julius entrando pela porta da cozinha. Me assustei e perguntei:
-Nossa! Vocês não estavam dormindo?
-Vampiros não dormem, Rafa. Lobisomens até tentam, mas é difícil – me explicou calmamente Julius.
-A... dessa eu não sabia... o que vocês estavam fazendo a essa hora lá fora?
-Caçando. Temos apetite de humanos. Quer dizer, precisamos comer com a mesma frequência, mas em quantidades muito maiores.
-A... interessante... temos algo para fazer hoje?
-Eu acho que não... pergunte a Felipe... ele que é o sabe tudo daqui – disse Max.
-OK... vou perguntar!
Eu bem que procurei, mas não o achei. Então resolvi explorar o local. Levei apenas um canivete, para marcar terreno, para não me perder. Adentrei na floresta. Era pouco densa, sem muita vegetação rasteira, só umas mudas de umas plantas que eu não conhecia por aqui, outras por ali, mas nada de mais. Depois de andar uns cinco minutos, achei uma clareira, bem grande e sem muita vegetação. No máximo uns tufos de grama. Tive uma idéia bem legal: acampar. Seria bem legal limpar o terreno, fazer uma barraca, uma fogueira e quam sabe contar algumas histórias de terror. De certa forma, eu não me sentia muito bem naquele terreno. Parecia estar sendo observado. Dei por finda minha exploração ao redor da casa. Quando comecei a voltar, vi que algo estava estranho. Não ouvi mais barulho nenhum. Não que não fosse bom ouvir a natureza, mas nem barulho da natureza havia. Era como se algo ou alguem tivesse espantado tudo da natureza, como se os animais tivessem medo dessa coisa. Um vampiro ou lobisomem com certeza estaria por perto. Eu podia sentir. Meu paranormalismo não era enfeite. Comecei a correr muito, o máximo que minhas pernas aguentavam. Não consegui mais que 50 metros. Não era o suficiente para chegar a casa. Ainda faltavam alguns metros. Se não fosse pela raíz que me havia escapado dos olhos, a essa hora eu já estaria dentro da casa, protegido, são. De repente vejo uma pessoa. Na verdade, um rapaz. Muito alto, uns dois metros de altura, olhos azuis esverdeados, cabelos castanhos... me parecia um vampiro. Não duvidei. Ele me pegou pelo colarinho de minha camisa e me ergueu. Não acreditei! Um vampiro? Nas terras de outro? Não achei que iria sair vivo.
-Hum... o que temos aqui? Um novato na área! Estava sentindo falta de comida nova.
Ele mostrou os dentes. Não pensei em outra coisa e comecei a me debater. Ele era invencível! Claro, eu já devia sabe disso.
-Quanto mais você se debate mais seu sangue corre, me deixando mais faminto! Vamos acabar logo com isso, certo?
Foi a última coisa que eu ouvi. Eu me lembro que caí no chão, e ouvi gritos de fúria, consegui ver pessoas brigando... só acordei dois dias depois, deitado na cama do quarto em que estava.
Victória, Ana e Cristina estavam deitadas na minha cama, com alguma plantas, uns líquidos estranho e quando viram que eu acordei sorriram.
-Até que enfim, dorminhoco! Dois dias hein! – disse Ana sorrindo.
-O que aconteceu?
-Você foi atacado por um vampiro. Quase você vira jantar! – Ironizou Cristina.
-O que? Ele me mordeu?
-Não, não te mordeu. Julius chegou antes, pulou no vampiro e começou a matá-lo. Ele nem se defendeu. Gregory ajudou, pois não queriam um vampiro matando tanta gente como ele estava fazendo.
-Nossa. Julius está bem? E Gregory?
-Calma, todos estão bem. Agora, tome isso aqui. – mostrou Ana.
-O que é isso?
-É um remédio que eu fiz. Ele vai te curar e ajudar a recuperar as energias.
-Bom, está bem!
O remédio tinha um gosto bom do começo, doce como o mel, mas depois ele amargou em minha boca e minha língua ficou dormente por uns instantes.
-A, Felipe que falar com você...
-Eu acho que já sei o que é... obrigado meninas!
-Bom, vamos indo. Ainda temos que treinar bastante.
-Até mais Rafa!
-Até!
Nesse instante, Felipe entrou. Ele me olhava com cara séria, como de quem queria dizer: “eu avisei!” . Depois de uns segundos me fitando, ele disse:
-Eu avisei! Você poderia ter entrado para um dos mundos e ter estraçalhado aquele vampiro inútil! – disse ele em tom de riso.
-Bom, vou pensar melhor nisso.
-Sim. É melhor. Você já está bem? Quer tomar café? Está dormindo por dois dias! Deve estar faminto! Vamos, eu te ajudo.
Ele me ajudou e chegamos até a cozinha, onde tinham muitas frutas, sucos, queijos, leite e tudo mais para um excelente café. Peguei uma maçã que estava bem madura e a comi. Depois uma fatia de pão com queijo e um copo de leite com chocolate. Depois de comer bem, fui assistir um pouco de televisão. Julius estava lá.
-Julius... eu queria agradecer por você ter me salvado daquele vampiro que me atacou. Muito obrigado! Devo minha vida a você!
-Que isso, Rafa. Está tudo bem!
-Não, eu te devo uma. Na verdade, Felipe me disse que eu devia me juntar a um dos mundos, então...
-Rafa, você não precisa ser uma coisa que não quer. Eu entendo sua forma de agradecer, mas não é necessário...
-Por favor! Eu faço questão! Mesmo por que, sempre tive curiosidade de saber como seria ser um vampiro... é legal?
-Você nem imagina! O único problema é a sede. As vezes é pouca, as vezes é muita.
-Ah, isso não vai ser um problema...
-Bom, fale com Felipe e veja se ele deixa, por que ele disse que tudo que se passar nesta casa tem que ser comunicado a ele.
-OK! Vou lá!
Quando encontrei felipe, eu disse o que queria, a escolha que tinha feito, e ele me autorizou a fazer a transformação. Fui correndo para falar com Julius.
-Tá, Felipe deixou. O que eu tenho que fazer?
-Bom, eu só tenho que morder você e você vai começar a se transformar.
-E... dói muito?
-No primeiro minuto sim, mas depois não.
-Oh, ok... então, vamos lá!
Ele pegou meu pulso e mordeu. Ardeu muito. Eu senti como se algo estivesse sugando meu pulso, ou melhor, meu sangue. De repente, ele me soltou. Sua boca estava toda suja de sangue. Eu comecei a tremer. Uma queimação subia pelo meu braço, atingindo o pescoço e depois o resto do corpo. Senti meus ossos enrijecendo, meus dois dentes caninos crescendo e qualquer pergunta que eu me fazia, como matemática, eu tinha a resposta na hora. Parou. A queimação, a tremedeira, tudo! Minha pele estava branca, a marca da mordida sumira e eu sentia como se eu fosse indestrutível. Mas uma coisa me incomodava: uma profunda queimação na garganta. E sentia fome. Muita fome.
-Já me transformei?
-Sim. É bem rápido! Você deve estar com sede. É melhor a gente ir caçar, antes que você ataque alguém.
-Sim, vamos.
Caçar... Isso era só o começo da minha nova vida como vampiro.